Eleito há 8 dias, presidente da Câmara de Salvador renuncia
O vereador Alfredo Mangueira (PMDB) renunciou nesta sexta-feira, 9, ao cargo de presidente da Câmara Municipal de Salvador.
O desligamento ocorre oito dias após ele ter sido eleito para o cargo - numa disputa que retratou mais um episódio da briga entre PT e PMDB no Estado -, derrotando a petista Vânia Galvão por 28 votos a 6.
Mangueira, que alegou apenas problemas familiares, deixou o poder legislativo nas mãos do 1º vice-presidente, Paulo Magalhães Junior (DEM), que fica à frente da Câmara pelo menos até o próximo dia 2, data em que acaba o recesso parlamentar da casa e deve ocorrer uma nova eleição. Magalhães é sobrinho neto do ex-senador Antonio Carlos Magalhães (1927-2007) e primo do deputado federal ACM Neto.
A decisão do peemedebista causou estranheza entre vereadores da bancada de oposição. Um parlamentar, que preferiu não se identificar, afirmou que a eleição de Mangueira foi uma "armação" para beneficiar o Democratas. O partido de ACM Neto e do ex-governador Paulo Souto apoiou o João Henrique (PMDB) no segundo turno da eleição municipal de Salvador, o que causou o rompimento político do prefeito com o governador Jaques Wagner (PT).
Outra suspeita levantada para explicar sua decisão foi uma suposta pressão sofrida por colegas insatisfeitos com o anúncio de Mangueira de que iria cortar a verba indenizatória. Cogitou-se ainda nos bastidores que o vereador ficou incomodado com o interesse de adversários políticos em revirar seu passado. O vereador foi diretor da Paratodos Bahia, empresa investigada pela Polícia Federal, acusada de controlar o jogo do bicho na Bahia.
A vereadora Vânia Galvão disse que recebeu a notícia com surpresa e atacou o adversário. "Problema familiar não é motivo para renúncia, é no máximo para um afastamento ou uma licença", declarou a petista.
Questionada se acreditava numa manobra para beneficiar o DEM, ela disse que, "se isso for verdade, é uma falta de respeito com a Câmara".
Vânia disse ainda que o assunto é sério e merece uma apuração rigorosa dos parlamentares. Com relação a uma nova candidatura, a vereadora afirmou que é preciso conversar com os colegas de outros partidos. Na ocasião em que foi derrotada por Mangueira, ela apresentou sua candidatura no dia da eleição.
Alfredo Mangueira, que está no Legislativo Municipal desde 1992, era filiado ao PFL e militou no DEM até 2007, quando se transferiu para o PMDB de João Henrique e Geddel Vieira Lima.
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Mangueira, que alegou apenas problemas familiares, deixou o poder legislativo nas mãos do 1º vice-presidente, Paulo Magalhães Junior (DEM), que fica à frente da Câmara pelo menos até o próximo dia 2, data em que acaba o recesso parlamentar da casa e deve ocorrer uma nova eleição. Magalhães é sobrinho neto do ex-senador Antonio Carlos Magalhães (1927-2007) e primo do deputado federal ACM Neto.
A decisão do peemedebista causou estranheza entre vereadores da bancada de oposição. Um parlamentar, que preferiu não se identificar, afirmou que a eleição de Mangueira foi uma "armação" para beneficiar o Democratas. O partido de ACM Neto e do ex-governador Paulo Souto apoiou o João Henrique (PMDB) no segundo turno da eleição municipal de Salvador, o que causou o rompimento político do prefeito com o governador Jaques Wagner (PT).
Outra suspeita levantada para explicar sua decisão foi uma suposta pressão sofrida por colegas insatisfeitos com o anúncio de Mangueira de que iria cortar a verba indenizatória. Cogitou-se ainda nos bastidores que o vereador ficou incomodado com o interesse de adversários políticos em revirar seu passado. O vereador foi diretor da Paratodos Bahia, empresa investigada pela Polícia Federal, acusada de controlar o jogo do bicho na Bahia.
A vereadora Vânia Galvão disse que recebeu a notícia com surpresa e atacou o adversário. "Problema familiar não é motivo para renúncia, é no máximo para um afastamento ou uma licença", declarou a petista.
Questionada se acreditava numa manobra para beneficiar o DEM, ela disse que, "se isso for verdade, é uma falta de respeito com a Câmara".
Vânia disse ainda que o assunto é sério e merece uma apuração rigorosa dos parlamentares. Com relação a uma nova candidatura, a vereadora afirmou que é preciso conversar com os colegas de outros partidos. Na ocasião em que foi derrotada por Mangueira, ela apresentou sua candidatura no dia da eleição.
Alfredo Mangueira, que está no Legislativo Municipal desde 1992, era filiado ao PFL e militou no DEM até 2007, quando se transferiu para o PMDB de João Henrique e Geddel Vieira Lima.
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