Aécio diz que deixará o governo no dia 31 para se tornar "um soldado do partido"
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse nesta sexta-feira (19), em Belo Horizonte, que permanece como chefe do Executivo até as 15 horas do dia 31 de março e que, após essa data, passará a ser um “soldado do partido”. Até o momento, o mineiro tem dado declarações no sentido de postular candidatura ao Senado.
Serra admite candidatura à Presidência da República
O governador de São Paulo, José Serra, admitiu nesta sexta-feira (19) que será o candidato do PSDB à Presidência. Derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, ele deve enfrentar a preferida do petista para sucedê-lo, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff
“Nós definimos que o dia 31, até para cumprirmos a legislação eleitoral e não ter qualquer questionamento, pela manhã o vice-governador (Antonio) Anastasia toma posse na Assembleia (Legislativa) e na parte da tarde, a partir das 3 horas, da sacada do Palácio da Liberdade, onde eu assumi o governo há sete anos e três meses, eu deixo o governo de Minas”, disse o tucano em evento de inauguração de pré-lançamento do Memorial Minas Gerais Vale, na capital. Anastasia é o pré-candidato tucano ao governo de Minas e é apoiado por Aécio.
Após deixar o governo, Aécio disse que pretende tirar uns dias para descanso e, em seguida, afirmou que vai ao evento de candidatura ao Planalto do colega de partido e governador de São Paulo, José Serra.
“A partir do momento que o senador Sérgio Guerra (presidente nacional do PSDB) me comunicou que no dia 10 (de abril) haverá o lançamento, em Brasília, estarei lá como mais um soldado do partido levando a força de Minas e meu entusiasmo em torno da candidatura do nosso companheiro, o governador de São Paulo”, disse.
O mineiro disputava com o paulista a indicação tucana para a disputa da sucessão do presidente Lula. Em dezembro do ano passado, Aécio abriu mão da pré-candidatura.
“Nós estamos aqui prontos para a colaboração que nos for solicitada. Caberá à coordenação da campanha e, obviamente, o governador Serra ainda está buscando essa montagem. (...) Minas e a nossa experiência estará à disposição do nosso candidato da forma que ele achar melhor.”, afirmou.
Nesta semana, o PSDB de Minas Gerais divulgou nota na qual firmou apoio à pré-candidatura do governador paulista. A iniciativa mineira visou neutralizar rumores de que poderia se repetir em Minas o fato ocorrido na eleição de 2006 que ficou conhecido como “Lulécio” – quando muitos eleitores do Estado votaram em Aécio Neves para reeleição ao cargo de governador e também em Lula para a sua recondução à Presidência, em detrimento do candidato tucano, o ex-governador Geraldo Alckmin.
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