Topo

Ministro da Justiça defende realização de eleições indiretas no Distrito Federal

Pedro Peduzzi<br>Da Agência Brasil<br>Em Brasília

26/03/2010 15h23

O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, reiterou hoje (26) que considera positiva a realização de eleições indiretas para um mandato-tampão no governo do Distrito Federal (GDF) e que, até o momento, é desnecessária qualquer intervenção federal como solução para a crise que se instalou no DF. Mas ele adverte que as eleições não podem servir de “trampolim político” ou “instrumento de manobra” pelos deputados distritais.

“Acho que eleição indireta pode ser uma saída política interessante para o DF, mas é claro que deve ser feita com maturidade e respeitando esse momento difícil que o DF vive na busca de uma solução política que enfim impeça qualquer tipo de problema institucional”, disse durante evento comemorativo dos 66 anos da Polícia Federal (PF).

Segundo o ministro, “a situação política não está resolvida. Nós temos previstas as eleições indiretas, mas não podemos permitir que elas sirvam de trampolim político ou como instrumento de manobra, comprometendo o quadro de gestão do DF. É um quadro de normalização política, que tem o objetivo de manter as instituições funcionando de maneira adequada”, completou.

Ao final do evento, o diretor geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, disse que o cronograma de depoimentos previsto para a próxima semana – relativos à Operação Caixa de Pandora – será mantido, e que “todas 42 pessoas serão ouvidas no prazo, com o reforço de alguns delegados.”

Corrêa disse, ainda, que não vê irregularidades no fato de o ex-governador José Roberto Arruda continuar nas instalações da PF mesmo após renunciar. “A prerrogativa de determinar em que condições ou local o preso fica é da Justiça, e não da PF”.