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Alencar diz que Dilma é o "amor do Brasil"

Rayder Bragon

Especial para o UOL Notícias <br> Em Belo Horizonte

07/04/2010 16h49

O vice-presidente José Alencar afirmou, em evento realizado nesta quarta-feira (7) ao lado da pré-candidata do PT à Presidência, a ex-ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, que ela é “o amor do Brasil”. Apesar de dizer que não falaria de eleições e de campanha, o vice-presidente se empolgou ao se referir à "moça que possivelmente será a nossa candidata à Presidência da República", durante encontro com empresários na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

“A Dilma é meu amor porque é o amor do Brasil. Pela dedicação dela, pelo trabalho que ela realiza, pela seriedade com que ela trata a coisa pública. (...) Nós não vamos falar aqui de eleição nem de candidatura”, disse Alencar, para depois tentar se explicar.

“Mas as pessoas às vezes perguntam: mas por que a Dilma? Vocês viram que ela tem de cor números importantes da economia brasileira, números que dizem respeito a informações seguras em relação ao Brasil. Ninguém tem isso se não se dedica. Mas eu quero sempre reiterar que nós não estamos fazendo campanha”, afirmou o vice-presidente, após discurso da pré-candidata dirigido aos empresários.

Ele disse ainda que a ex-ministra era uma espécie de “superintendente” do governo Lula. “O Lula é o dono, mas a superintendente que administrava para nós era a Dilma”, afirmou Alencar. Ao falar do próprio futuro político, o vice mais uma vez disse preferir disputar uma cadeira no Senado.

Críticas

Dilma Rousseff, por sua vez, rebateu críticas da oposição à visita feita ontem por ela ao túmulo do ex-presidente Tancredo Neves, em São João Del Rey (MG), onde depositou flores. Em nota, PPS, DEM e PSDB chamaram a homenagem de “tardia, mal-explicada e oportunista” e criticaram o fato de o PT não ter apoiado Tancredo na eleição indireta no Colégio Eleitoral, quando ele se tornou Presidente da República, após o fim do regime militar. Ele, no entanto, não assumiu o cargo não assumiu por ter morrido antes de ser empossado.

“Acho surpreendente porque nenhum homem público no Brasil é propriedade de nenhum partido. O fato de a gente respeitar o Tancredo Neves é porque ele foi um brasileiro eleito presidente da República, mas infelizmente, não pode governar. Ele não era propriamente nem do PT, nem do PSDB”, disse a pré-candidata. “Nós podemos ser perfeitamente do PT e respeitar o Tancredo Neves porque ele é um patrimônio do Brasil”, afirmou Dilma.

Após dois dias de agenda no Estado (além de São João Del Rey, ela havia passado pela cidade histórica de Ouro Preto), Dilma Rousseff encerra a visita com compromisso no início da noite de hoje na capital mineira. Ela vai ministrar palestra no evento intitulado “I Juventude em Debate” que tem como foco a militância jovem petista.