Câmara de Limeira (SP) aprova duas CPIs para investigar administração de prefeito cassado em fevereiro
Pouco mais de dois meses depois de cassar o prefeito de Limeira (SP) --município a 160 km de São Paulo--, Sílvio Félix (PDT), a Câmara Municipal abriu nesta noite de quarta-feira (2) duas CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar supostas irregularidades na administração do pedetista.
A primeira CPI vai investigar a qualidade da merenda servida na rede municipal de ensino da cidade do interior paulista. O caso já havia sido investigado por vereadores entre 2010 e 2011, mas foi concluído sem identificar irregularidades no contrato. O presidente da Câmara, Raul Nilsen (PMDB), declarou que as investigações serão retomadas por causa do surgimento de novas denúncias, como o armazenamento inadequado dos alimentos. Os contratos da merenda também devem ser revistos pela Comissão.
A outra CPI aprovada pela Câmara esta noite vai investigar um vídeo que mostra uma suposta negociação para a compra de documentos e dossiês contra o prefeito cassado. De acordo com a Câmara, as imagens mostram o ex-secretário de Negócios Jurídicos na gestão de Sílvio Félix, Sérgio Baptistella, negociando a compra de um dossiê com José Josué dos Santos, o Messias.
Os dois conversam nas imagens que os documentos negociados serviriam para incriminar o então prefeito Sílvio Félix. O valor da compra dos documentos seria de R$ 50 mil. O vídeo gerou a exoneração, na semana passada, do secretário chefe de gabinete da Prefeitura de Limeira, José Carlos Pejon, que é citado no vídeo. Ele nega envolvimento no caso.
Em nota oficial, o prefeito da cidade, Orlando José Zovico (PDT), afirmou que as denúncias “são referentes ao governo anterior [Félix], que já está sendo investigado”.
Zovico assumiu a prefeitura após o prefeito Sílvio Félix (PDT) ter o mandato cassado pela Câmara no dia 24 de fevereiro passado. O Ministério Público, que já investiga o prefeito cassado, vai apurar as novas denúncias.
Sobre as acusações divulgadas, o prefeito Orlando Zovico lamentou o ocorrido. “Não há como manter o Pejon como Secretário após as denúncias apresentadas. É lamentável”, declarou.
Caso Félix
A Comissão Processante da Câmara que cassou o mandato de Sílvio Félix foi instaurada em novembro do ano passado para apurar a suspeita de envolvimento do prefeito em um suposto esquema de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.
As acusações contra Félix começaram depois da prisão, em novembro do ano passado, da mulher do prefeito, Constância Félix, dos dois filhos do casal, duas irmãs dela e de um assessor político do prefeito, além de outras pessoas. Sílvio Félix e a família dele negaram o envolvimento no suposto esquema.
O relatório do vereador Ronei Martins (PT) apontou a existência de ”indícios e provas suficientes para caracterizar o envolvimento do denunciado [Sílvio Félix] com os crimes imputados aos seus familiares e assessores”.
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