Ministério Público pede afastamento de prefeito que foi padrinho de casamento de Cachoeira
Suspeito de favorecer a empresa Delta Construções, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB) pode ser afastado do cargo. O pedido foi feito pelo Ministério Público (MP) na sexta-feira (4).
Na ação, o promotor de Justiça Élvio Vicente da Silva solicita o afastamento cautelar de Maguito do comando da cidade situada na região metropolitana de Goiânia. O foco do MP está no contrato do município com as empresas Delta Construções e Construtora Almeida Neves.
Para o promotor, há irregularidades na contratação de veículos utilizados para a limpeza urbana. Ele questiona os contratos para locação de caminhões com motoristas pelo período de dezembro de 2009 a abril de 2011.
Na época do processo licitatório, a Delta Construções, envolvida com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira – alvo de investigação da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, venceu a disputa pelo primeiro lote e a Almeida Neves ficou com o segundo lote. Os contratos sob suspeita somaram um gasto de mais de R$ 26 milhões por ano. Do montante, R$ 14 milhões foram pagos a Delta.
Para Silva, o prefeito deveria ter cancelado os atos administrativos referentes à contratação do serviço para realizar concorrência pública em vários lotes para proporcionar ampla participação de outras empresas. O que, segundo ele, baratearia os custos para administração municipal. O promotor alega que a condução do processo impediu a disputa pela licitação e privilegiou as duas empresas.
Os contratos ainda não foram julgados pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Segundo o promotor, a saída do prefeito, que foi padrinho de casamento de Carlinhos Cachoeira no ano de 1995, é uma medida necessária à instrução processual. Silva alega que esta é a sétima ação por improbidade administrativa proposta contra Maguito Viela somente durante o atual mandato, que se iniciou em 2009.
Os outros pedidos também questionam serviços contratos sem processo licitatório, a falta de realização de concursos públicos e casos de nepotismo.
Em nota enviada pela assessoria de comunicação, o prefeito Maguito Vilela questiona a ação protocolada pelo promotor. “Esse promotor precisa respeitar a história das pessoas, fui governador, senador da República e nunca tive uma ação por improbidade administrativa. Agora, se o promotor quiser governar a cidade, que tente ganhar as eleições”, afirma Vilela. Ele alega ainda que provará na Justiça que o promotor está equivocado.
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