Oposição pede à Comissão de Ética que investigue Pimentel por carona em jatinho
Dois partidos da oposição, o PPS e o PSDB, ingressaram, separadamente, com um pedido à Comissão de Ética Pública da Presidência da República para que o investigue o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.
As ações, que foram ingressadas no fim da manhã desta sexta-feira (18), pedem que Pimentel seja investigado por “provável quebra de decoro" ao ter pego carona em um jatinho do empresário João Dória Júnior, em outubro do ano passado, em uma viagem à Europa.
A Comissão trabalha com base no Código de Conduta da Alta Administração Federal, que proíbe que autoridade pública receba transporte, hospedagem, salário ou qualquer outra remuneração ou favores particulares de fonte privada sob pena do não cumprimento ser avaliado como quebra de decoro.
A medida teve como base reportagem do site “Terra Magazine”, desta quinta-feira (17), na qual o próprio ministro confirma ter feito a viagem.
“Saí da comitiva da presidente e fui mesmo para Roma, mas não fui em avião oficial porque o compromisso não fazia parte da agenda da presidente. Não tinha como ir de avião oficial. Ele [João Dória Júnior] mandou um avião e eu usei a aeronave que ele colocou para mim naquele momento”, disse ao site.
Em nota, o ministro disse que, ao consultar a Comissão de Ética, teve a informação de que "as despesas poderão ser cobertas pelo promotor do evento quando decorrente de obrigação contratual de empresa perante a instituição da autoridade".
Segundo o ministro a utilização do avião oferecido pelos organizadores do evento "deu-se em virtude da impossibilidade” de ele chegar a Roma a tempo de sua palestra. Pimentel estava na Bulgária e seguiu para Roma para uma palestra, a qual “não recebeu remuneração”.
Outro caso
Pimentel já é investigado pela comissão por seus trabalhos como consultor. Reportagens do jornal "O Globo", de dezembro do ano passado, mostravam que uma das empresas contratada pela Prefeitura de Belo Horizonte tinha recebido consultoria de Pimentel.
O fato suscitou suspeitas de tráfico de influência na prefeitura de BH, que fora comandada por ele anteriormente.
Com relação às consultorias, Pimentel nega as irregularidades e argumenta que os serviços prestados aconteceram quando ele já não era mais prefeito da capital mineira nem ministro do governo federal.
Pimentel teria obtido R$ 2 milhões em serviços de consultoria entre 2009 e 2010, no período em que já havia deixado a Prefeitura de Belo Horizonte e antes de assumir o ministério no governo da presidente Dilma Rousseff.
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