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Câmara de Campinas vota hoje reajuste de 48% no salário dos vereadores

Maurício Simionato

Do UOL, em Campinas (SP)

27/06/2012 15h37

A Câmara Municipal de Campinas (93 km de São Paulo) votará na noite desta quarta-feira (27) um projeto que prevê o aumento de 48% do salário dos vereadores para a legislatura que vai de 2013 a 2016. Caso seja aprovado o reajuste, o salário dos vereadores passa dos atuais R$ 7.100 para R$ 10,5 mil.

O índice proposto substitui a tentativa da Câmara de reajustar os salários em 126%, aprovado no final do ano passado após proposta do então presidente da Câmara e hoje prefeito, Pedro Serafim (PDT). Na ocasião, em dezembro, dos 33 vereadores, 28 votaram a favor do reajuste, o que elevaria os salários para R$ 15.031,76 na próxima legislatura.

Após polêmica e uma série de protestos, os vereadores voltaram atrás e reduziram o índice para 48%. No entanto, há uma emenda ao projeto que prevê que o reajuste tenha de ser igual ao dos servidores municipais. Os autores da emenda são os vereadores Ângelo Barreto (PT) e Rafa Zimbald (PP).

Eles justificaram que fizeram a proposta de reajuste atrelado ao mesmo índice dos servidores públicos porque a "discussão dos subsídios deve levar em conta a realidade do município". Os servidores municipais tiveram reajuste no mês passado de 5,39% e, no ano passado, de 8,83%. Os vereadores justificam ainda que o salário mínino foi reajustado em 14,26%.

A Comissão de Constituição e Legalidade, em seu parecer, escreveu que a proposta de reajuste atrelado ao dos servidores "está em consonância com os anseios da população".

Contra

Há também um grupo de moradores que se organizou e é contra qualquer reajuste. Os manifestantes prometem protestar hoje durante a sessão. Um abaixo-assinado foi feito com o pedido para não haver aumento salarial.

O presidente da Câmara, Thiago Ferrari (PTB), disse que agora cabe ao plenário decidir se haverá aumento de 48%, se haverá reajuste de acordo com o dos servidores públicos municipais ou se não haverá aumento algum.

"A Mesa fez sua a sua parte ao propor um índice. A Comissão de Legalidade analisou a proposta da Mesa, submeteu isso à população e também fez sua proposta. Agora, cabe a cada vereador votar de acordo com o que considerar o mais adequado", disse Ferrari