Ex-primeira-dama pede, e audiência do caso Sanasa é adiada em Campinas (SP)
A pedido do advogado da ex-primeira-dama Rosely Nassim Santos, o juiz da 3ª Vara Criminal de Campinas (93 km de São Paulo), Nelson Augusto Bernardes, adiou para a próxima sexta-feira (10) a audiência que iniciaria os depoimentos das testemunhas de defesa dos reús do Caso Sanasa, que apura denúncias de irregularidades e gestão fraudulenta na prefeitura da cidade. A sessão estava marcada para esta sexta-feira (3) na Cidade Judiciária.
O pedido de adiamento foi feito pelo advogado Eduardo Carnelós, que, logo no início dos trabalhos, alegou que as testemunhas de defesa do ex-presidente da Sanasa Luiz de Aquino deveriam ser ouvidas antes, já que ele usou do benefício da delação premiada para não ser preso durante as investigações do Ministério Público. Carnelós disse que Aquino está no "papel de acusador" e que, por isso, as testemunhas dele deveriam prestar depoimento primeiro.
Antes de adiar a audiência, o magistrado quis saber o motivo da demora pela solicitação. Carnelós justificou que estava viajando e que, por isso, precisou pedir o adiamento somente na audiência desta sexta-feira, quando eram esperados os relatos das 23 testemunhas de defesa.
As testemunhas foram arroladas por Rosely Nassim Santos, pelo prefeito cassado de Campinas Demétrio Vilagra (PT), do ex-secretário de Segurança Carlos Henrique Pinto, pelo promotor de eventos Ivan Goretti e pelos empresários Gabriel Gutierrez, Luiz Arnaldo Pereira Maier, Alfredo Ferreira Antunes e Augusto Ribeiro Antunes.
De acordo com o juiz Nelson Augusto Bernardes, as testemunhas indicadas por Luiz de Aquino serão ouvidas a partir das 13h30 da próxima sexta-feira (10), e, em seguida, as testemunhas arroladas para esta sexta-feira pelos réus devem prestar depoimento.
Vinte e duas pessoas são suspeitas de envolvimento em um esquema de desvio de verba pública em contratos da empresa responsável pelo tratamento de água e esgoto na cidade, situação que motivou a cassação de prefeito e vice em Campinas em 2011, deflagrando uma crise política na cidade.
Entenda o caso
O Caso Sanasa veio à tona em maio do ano passado, quando uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime (Gaeco) prendeu preventivamente 11 pessoas, entre eles secretários municipais e ex-diretores da empresa.
A suspeita de corrupção em contratos da autarquia motivou a abertura de duas comissões processantes na Câmara de Vereadores de Campinas em 2011. Em agosto, o então prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) foi cassado e em dezembro o vice-prefeito Demétrio Vilagra sofreu impeachment.
O então presidente do Legislativo, Pedro Serafim (PDT), ficou interinamente na função até abril deste ano, quando a Câmara o elegeu prefeito em eleição indireta.
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