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Operação prende servidores da Prefeitura de Anápolis (GO), vereadores e empresários por corrupção

Anápolis está a 62 km de Goiânia - Arte/UOL
Anápolis está a 62 km de Goiânia Imagem: Arte/UOL

Lourdes Souza

Do UOL, em Goiânia

07/08/2012 12h48

Servidores da Prefeitura de Anápolis (62 km de Goiânia), vereadores, um servidor do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e empresários foram presos na manhã desta terça-feira (7) por suspeita de desvio de dinheiro público no município. As detenções são resultados da Operação La Plata deflagrada pelo MP-GO.

A operação, que conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), é resultado de uma investigação que apurou corrupção ativa e passiva com o desvio de verbas públicas. Hoje, a previsão é que sejam cumpridas 12 prisões, cinco conduções coercitivas e 21 mandados de busca e apreensão.

Na manhã de hoje, cinco conduções coercitivas foram cumpridas contra o presidente da Câmara de Anápolis, Hamilton Batista; o secretário do Meio Ambiente da prefeitura de Anápolis, Luís Henrique; o funcionário da Secretaria do Meio Ambiente Charles Aguiar Souza, o diretor de posturas da Prefeitura de Anápolis, Leonardo Xavier Nunes; e Guilherme Rocha Leal Carneiro, que é filho de Mauro Rocha, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano.

Mandados de prisão temporária foram cumpridos contra o vereador Wesley Silva (PMDB) e a esposa Andreia Juliana e Nasson Laureano, que é funcionário do gabinete do vereador. Também foram presos Ailton Moreira Alves, Paulo Sérgio Moreira e Jairo Moreira, do grupo imobiliário Lírios do Campo; Mauro Rocha Carneiro, servidor da Secretaria do Meio Ambiente de Anápolis; Sérgio Luiz de Araújo, da Secretaria do Meio Ambiente; Rosângela Pinto Xaviera, do gabinete do vereador Wesley Silva; Marcela Reis Pedreiro; e Márcio de Souza Lima e Josemar de Melo, ambos da Secretaria do Meio Ambiente.

Segundo nota divulgada pelo Gaeco, a investigação desvendou a existência de uma organização criminosa voltada para a prática de crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato e diversos crimes ambientais cometidos por funcionários do Executivo municipal, integrantes do Poder Legislativo municipal, empresários do ramo imobiliário e até mesmo um servidor do Ministério Público, cujo nome ainda não foi divulgado. A operação continua durante o dia e conta com 69 policiais militares, 15 servidores do Ministério Público e sete promotores de Justiça.