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Com 18 votos recebidos, Taques diz que recebe resultado com 'misto de alegria e de tristeza'

Fernanda Calgaro

Do UOL, em Brasília

01/02/2013 15h35Atualizada em 01/02/2013 16h41

Logo após ser anunciado o resultado da votação que colocou Renan Calheiros (PMDB-AL) de volta na presidência do Senado, o candidato derrotado, senador Pedro Taques (PDT-MT), que recebeu 18 votos, afirmou que perder faz parte da democracia e o que interessa não é “mostrar a existência de vida aqui dentro”. Disse ainda que recebe o resultado com um “misto de alegria e de tristeza”.

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“Alegria porque as instituições estão funcionando e tristeza porque temos servidores públicos que não prezam pelo princípio do republicanismo da honestidade cívica”, afirmou. Por 56 votos a 18, com 2 nulos e 2 brancos, Calheiros venceu o pleito.

“Infelizmente, tivemos esse número de votos, mas a democracia precisa ser respeitada. A maioria na democracia vence respeitando os direitos das minorias.”

O senador criticou ainda que vota nulo ou em branco: “Sinceramente, não concordo com voto em branco e voto nulo. O cidadão tem que se expor, não pode se esconder na covardia do anonimato”.

Taques afirmou que contava com mais três ou quatro votos a seu favor. “Nós estávamos contabilizando mais três ou quatro votos, mas sabemos da dificuldade, da força do PMDB, da força do PT, e estamos absolutamente tranquilos. Não seria possível uma eleição para a presidência do Senado sem debate. A proposta que fizemos foi de debate de ideias.”

Sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República contra Calheiros, Taques disse confiar no Judiciário e acrescentou que caberá ao Senado “ouvir” a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). Em 2007, quando Renan foi julgado pela Casa por conta das mesmas acusações objeto da denúncia, acabou sendo absolvido pelos pares. Pelo acordo, ele apenas deixou a presidência do Senado.

“O Poder Judiciário vai ter que falar e nós aqui no Senado teremos que ouvir. O Senado absolveu o senador Renan Calheiros pelo Conselho de Ética em 2007, mas isso não significa absolutamente nada, diversamente do que disse o senador [Fernando] Collor, porque as instâncias são diversas. O Poder Judiciário também é independente, também é soberano.”

Taques citou como exemplo o julgamento mensalão. “Eu confio no Judiciário do Brasil. Um exemplo é o mensalão. Nós temos quadrilheiros, temos corruptos que este ano dormirão, com certeza, em um local que não será a sua casa.”