Protesto contra pastor polêmico reúne 200 pessoas em Ribeirão Preto (SP)
Cerca de 200 pessoas realizam em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) na noite desta segunda-feira (11) uma manifestação contra o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. A manifestação foi uma resposta à convocação, pelo pastor, de evangélicos e católicos para um ato hoje na cidade, na Igreja Evangélica Assembleia de Deus Catedral do Avivamento, contra uma suposta perseguição religiosa da parte de "ativistas gays".
Os manifestantes se posicionaram em frente à igreja, da qual Feliciano é presidente. Com apitos e entoando palavras de ordem, Feliciano foi chamado de "racista" e "homofóbico". O protesto atraiu também representantes do movimento negro de Ribeirão Preto.
Igreja vazia
A presença dos manifestantes constrasta com a igreja vazia. Wellington Farias de Oliveira, 34, assessor de comunicação de Feliciano, afirmou que os simpatizantes do deputado podem estar com medo, o que explicaria a falta de apoiadores.
Em entrevista minutos antes, Feliciano negou ser homofóbico e racista. Ele afirmou que tem sangue negro, seu padrastro e sua mãe são negros, e que a sua igreja recebe gays. Ele afirmou que está fora de cogitação renunciar ao cargo na Comissão de Direitos Humanos.
USP
Para Renata Oliveira, 29, do centro de cultura negra Orunmilá, a defesa de Feliciano contra as acusações de racismo "não é um argumento sólido".
Estudantes do curso de direito da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão estiveram presentes à manifestação e classificaram de absurda a escolha de Feliciano para o cargo na Câmara. Alguns dos manifestantes pintaram os rostos com as cores da bandeira brasileira.
Segundo a assessoria de comunicação de Feliciano, foram convocados todos os representantes evangélicos da cidade. A igreja católica, segundo a assessoria, avisou que não compareceria ao culto do deputado, mas teria, em nota, manifestado apoio a ele.
Franca
Marco Feliciano, eleito com 212 mil votos, possui igrejas em 15 cidades, nas quais reúne 6.000 seguidores, ainda segundo sua assessoria de comunicação.
O protesto em Ribeirão Preto é segundo contra o pastor na região. No domingo (10), em Franca (400 km de São Paulo), cerca de 150 pessoas participaram de um ato contra ele, com palavras de ordem e cartazes. Em seu site, Feliciano classificou o evento de "algazarra" de ativistas gay e disse que, em razão disso, não iria mais divulgar sua agenda.
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