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Manifestante pró-Feliciano é detido pela polícia na Câmara

Manifestante que apoia a permanência do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara é detido - Andre Borges/FolhaPress
Manifestante que apoia a permanência do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara é detido Imagem: Andre Borges/FolhaPress

Camila Campanerut

Do UOL, em Brasília

03/04/2013 16h12Atualizada em 03/04/2013 19h27

Após a confusão na semana passada que terminou com dois manifestantes contrários ao deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) detidos, nesta quarta-feira (3) mais um manifestante foi detido. Helder Martins da Silva, evangélico, é um dos apoiadores de Feliciano e foi levado à Polícia Legislativa da Câmara por ter empurrado uma repórter fotográfica na porta do plenário onde ocorre a sessão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.

Segundo a Polícia Legislativa, ele já foi liberado, pois não teve a intenção de machucar a repórter, apenas de ocupar espaço em frente ao plenário.

Relatos de fotógrafos procurados pelo UOL apontam que a fotógrafa do jornal “Correio Braziliense” Monique Renne recebeu um chute no peito quando tentava registrar as discussões entre os manifestantes contra e a favor do deputado pastor. Ela estava no meio dos dois grupos e próxima aos homens da Polícia Legislativa que tentavam impedir que os grupos se agredissem fisicamente.

Logo após a agressão, o rapaz tentou fugir, entrou em uma sala de outra comissão e, por fim, foi pego por homens da Polícia Legislativa para prestar esclarecimentos.

Procurada pelo UOL, a repórter disse que decidiu não entrar com uma ação contra ele nem levar adiante a queixa porque o ferimento não deixou marca e ela teria de passar por uma perícia no IML (Instituto Médico Legal).

Ela teve a garantia da Polícia Legislativa que o agressor, mesmo sendo liberado, será acompanhado “de perto” pelos policias que passarão a ter uma “atenção especial” nos manifestantes que frequentemente causam transtornos à Casa Legislativa. 

Na quarta-feira passada, Feliciano chegou a pedir a prisão do antropólogo Marcelo Régis Pereira, que o chamou de "racista". "Aquele senhor de barba vai sair preso daqui porque me chamou de racista", disse o deputado, citando o artigo 139 Código Penal, que trata de difamação. Pereira foi solto e disse que apenas gritou palavras de ordem, assim como os outros manifestantes.

No mesmo dia, Allysson Rodrigues Prata tentava invadir o gabinete do deputado quando foi impedido pelos agentes. Ambos foram liberados no mesmo dia.

Desde que Feliciano assumiu a presidência da comissão, em 7 de março, as sessões têm sido tumultuadas e o deputado tem enfrentado protestos pelas ruas e nas redes sociais.

Manifestantes batem boca sobre Feliciano na Câmara