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Para Renan, Congresso tem que ter "cuidado" com vetos com repercussão fiscal

Fernanda Calgaro

Do UOL, em Brasília

09/07/2013 17h19Atualizada em 09/07/2013 18h01

O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira (9) que há uma preocupação do Congresso com os vetos presidenciais que poderão ter alguma repercussão fiscal.

Receosa do impacto nos cofres públicos que a derrubada desses vetos poderia causar, a presidente Dilma Rousseff chegou a pedir que os parlamentares agissem com responsabilidade.

“Eu acho que o Congresso tem que ter muito cuidado para não sinalizar contrariamente a isso. Por outro lado, é importante que tenhamos um critério para analisar esses vetos”, disse o presidente do Senado.

Renan se reúne amanhã com os líderes dos partidos do Senado e da Câmara dos Deputados para definir os critérios de apreciação desses vetos.

Dos mais de 3.000 vetos que se acumulavam na pauta, o Congresso determinou no último dia 3 a anulação de 1.478 dispositivos relacionados a leis já revogadas.

Em relação aos demais, o presidente do Senado espera chegar num consenso sobre como serão votados. “O ideal é que tivéssemos um critério consensual que atendesse ao Congresso e ao governo, sobretudo nesse momento em que não podemos sinalizar diferentemente, mas para que tenhamos esse tenhamos esse critério é preciso conversar.”

Renan defende que votação de vetos seja consensual

O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, afirmou nesta terça-feira (9) que as centrais sindicais perderam “a paciência com o governo Dilma” e que ela terá “muita dor de cabeça” até o final do seu governo.

Segundo ele, a insatisfação é “generalizada” por não ter sido atendida nenhuma reivindicação do movimento. Ao lado de outras sete centrais, a Força Sindical convocou para a próxima quinta-feira (11) o Dia Nacional de Lutas com Greves Manifestações, que promete paralisar trabalhadores de diversos setores do país.

“A insatisfação é bem generalizada, não só das centrais como do povo brasileiro. As últimas manifestações mostraram isso. Nós, particularmente a Central Sindical, perdemos a paciência com o governo Dilma. Nós estamos há quase três anos de governo e nenhuma das reivindicações foi atendida. Essas pautas que estamos falando hoje são as mesmas que entregamos para ela antes das eleições e lamentavelmente ela não cumpre”, afirmou o deputado após se reunir com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para pedir a derrubada de três vetos presidenciais e a manutenção de um quarto.

As centrais pedem, por exemplo, o fim do Fator Previdenciário, que é uma equação usada para calcular a aposentadoria do segurado do INSS.

Por conta da postura do governo Dilma, Paulinho diz que “não há outro caminho a não ser fazer uma série de paralisações e manifestações”. Na sexta-feira, haverá uma reunião entre as centrais para avaliar o movimento de quinta e definir os passos seguintes.