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Temas mais importantes foram aprovados, diz Ideli em tom de despedida

Fernanda Calgaro

Do UOL, em Brasília

27/03/2014 14h06Atualizada em 27/03/2014 14h25

Embora a sua saída da Secretaria das Relações Institucionais não tenha sido confirmada oficialmente, a ministra Ideli Salvatti falou nesta quinta-feira (27) em tom de despedida ao comentar a sua atuação à frente da pasta.

O deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP) é cotado para substituir Ideli, que seria realocada na Secretaria de Direitos Humanos, na vaga de Maria do Rosário, que volta para a Câmara para se dedicar à reeleição.

Usando verbos no passado, Ideli acabou fazendo um balanço da sua gestão ao comentar a rebelião da base aliada na Câmara. Para ela, há pouca chance de a crise atingir a base governista no Senado.

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“A relação com o Congresso é assim, tem tensão, tem distensionamento. Agora, eu quero deixar aqui registrado que, neste período, inclusive em que eu estive à frente da Secretaria de Relações Institucionais, as matérias mais importantes para o país e para o governo foram aprovadas”, disse.

Indagada se já era certa a sua saída, Ideli respondeu que aguarda posicionamento da presidente Dilma Rousseff. “Estou aguardando a posição da presidente, a imprensa toda noticia, mas quem nomeia, demite e troca de lugar ministro ainda continua sendo a presidente Dilma e eu ainda a estou aguardando.”

Apesar de criticada até por parlamentares aliados, a ministra ressaltou que é a ocupante que mais tempo ficou no cargo. “Estou completando dois anos e nove meses, em uma tarefa que todo mundo brinca que tem prazo de validade. Estou quase com o dobro do tempo de quem mais ficou.”

Ela negou ainda ter ficado isolada: “Nesse período nós tivemos muito apoio do governo, do presidente da Câmara e do Senado, dos líderes da bancada e tivemos a capacidade de, a partir dessa relação, produzir de forma extremamente positiva.”

"Aprovamos o que era importante, evitamos o que era indesejado, mantivemos os vetos... matérias fundamentais, Marco Civil da Internet, questão dos portos, desoneração de folha de pagamento, desoneração tributária, ampliação da inclusão social. Então, eu considero que nós desempenhamos, até agora, um trabalho bastante adequado, positivo, e nunca feito de forma isolada."