'É constrangedor', diz Vieira sobre afastamento de Lupi de ministério
O pré-candidato do PDT ao governo do Rio Grande do Sul, Vieira da Cunha, classificou como “constrangedor” o envolvimento de líderes do seu partido em escândalos políticos, numa referência ao ex-ministro do Trabalho pedetista Carlos Lupi, acusado em 2011 de participação em um esquema de cobrança de propinas. Vieira participou nesta sexta-feira (23) de sabatina organizada pelo UOL, pela "Folha" e pelo SBT.
“É constrangedor quando um partido que tem compromisso histórico de luta contra a corrupção vê o nome de seus dirigentes no noticiário”, afirmou. “Lupi foi afastado, mas não há contra ele nenhum processo. Todas aquelas denúncias foram arquivadas.”
De acordo com Cunha, a pasta do Trabalho “contraria interesses poderosos”, logo seu titular está sempre na linha de tiro.
O pré-candidato também fez referência a petistas condenados no mensalão, ao afirmar que existem pessoas da “alta cúpula” de um partido que atualmente cumprem pena no presídio da Papuda, no DF.
Governo de Tarso Genro
Cunha se disse frustrado com o governo do petista Tarso Genro no Estado. O PDT tinha três secretarias na gestão do PT até o final de 2013, quando anunciou a candidatura própria. “Tarso foi eleito no primeiro turno em 2010. Tinha a faca e o queijo na mão para fazer o que quisesse”, afirmou.
“Há uma frustração generalizada. As pesquisas apresentam um desejo de mudança superior a 70%, e a nossa candidatura representa mudança. Ajudamos o governo. O que o governo fez de bom, vou manter e reconhecer. Não há problema quanto a isso”, disse.
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