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Ministro da Aviação Civil se diz parte do governo, mas defende lealdade ao PMDB

O novo ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha - Pedro Ladeira/Folhapress
O novo ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Bruna Borges

Do UOL, em Brasília

06/01/2015 13h54

O novo ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), disse nesta terça-feira (6) que é comprometido com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), mas que irá cumprir compromissos de seu partido.

“Sou integralmente comprometido com as diretrizes do governo -- do qual eu faço parte -- reverberadas pela senhora presidenta, mas da mesma forma serei cumpridor dos compromissos do meu partido que integra a chapa presidencial eleita”, afirmou Padilha em seu primeiro discurso como ministro.

Ele assumiu a Secretaria da Aviação Civil no lugar do Moreira Franco (PMDB), que esteve no comando da pasta no primeiro mandato de Dilma.

Ontem, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), avisou ministros próximos à presidente de que os senadores do seu partido poderiam tomar uma postura independente do Palácio do Planalto caso a legenda não assumisse ministérios importantes, informou o jornal “O Estado de S. Paulo”. O PMDB é dono da maior bancada no Senado, com 19 dos 81 parlamentares. 

O partido aliado comandava as pastas de Minas e Energia, do Turismo e da Previdência Social no primeiro mandato de Dilma. Neste novo mandato, manteve Minas e Energia e do Turismo, além das secretarias da Aviação Civil e da Pesca. O Ministério da Agricultura, comandado pela senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), é uma escolha considerada cota pessoal da presidente.

Aviação regional

O novo ministro afirmou que a prioridade de sua gestão será dar continuidade ao programa de desenvolvimento da aviação regional. Segundo ele, a meta do programa é atender 96% da população brasileira, mas não informou qual a porcentagem atendida pela aviação brasileira hoje.

Padilha também disse que a pasta tem recursos financeiros suficientes para implantar novos projetos do setor, pois é financiada por fundos independentes de arrecadação do governo, vinculados à iniciativa privada.

O ministro disse ainda que vai manter o projeto do governo de reformar ou construir 270 aeroportos regionais e que para isso nenhum outro programa será prejudicado.

Ele ainda confirmou que o programa de concessão para grandes aeroportos do primeiro mandato de Dilma será mantido.

“Faço questão de registrar os excelentes feitos dessa secretaria mostram que estamos preparados para encarar desafios. [...] A aviação brasileira está preparada para os Jogos Olímpicos do Rio”, concluiu Padilha.