Extradição foi trabalho conjunto entre Brasil e Itália, dizem Cardozo e Janot
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) confirmou, por meio de nota divulgada nesta sexta-feira (24), que o governo brasileiro foi notificado pelo Ministério da Justiça italiano sobre a efetivação da extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Cardozo também destacou que o processo de extradição foi feito de forma "articulada" entre as autoridades brasileiras e italianas.
“O processamento da extradição e a resposta aos pedidos de informação feitos pela República Italiana foram conduzidos de forma articulada entre o Poder Judiciário, a Procuradoria-Geral da República e o Poder Executivo, por intermédio do Ministério da Justiça, Advocacia-Geral da União e Ministério das Relações Exteriores, o que garantiu o sucesso da cooperação internacional neste caso”, disse Cardozo.
A nota também é assinada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. “A atuação dos Ministérios Públicos brasileiro e italiano e do Poder Executivo foi decisiva para esse desfecho. A PGR reconhece o empenho das autoridades italianas para a concessão da extradição, o que confirma o fortalecimento da cooperação bilateral em matéria penal em todos os planos", declarou o procurador.
Segundo a nota, o governo brasileiro terá 20 dias para que Pizzolato seja extraditado para o Brasil a partir do dia do recebimento de um comunicado do governo italiano indicando que a extradição pode ser realizada. Segundo a Procuradoria, esse comunicado ainda não foi entregue e não há previsão sobre quando isto ocorrerá.
Pizzolato foi condenado no processo do mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro.
O ex-diretor do Banco do Brasil fugiu para Itália antes de ser preso. Ele entrou no país com o passaporte de um irmão morto há mais de 35 anos e foi localizado e preso no início de fevereiro de 2014 em uma operação da Interpol (polícia internacional) em Maranello, norte da Itália, por uso de passaporte falso.
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