Senador tucano diz que rejeitar Fachin para atingir Dilma é "oportunista"
O relator da indicação de Luiz Edson Fachin ao cargo de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), senador Alvaro Dias (PSDB-PR), criticou, nesta terça-feira (12), as tentativas de inviabilizar a nomeação do advogado como uma forma de impor uma derrota política à presidente Dilma Rousseff (PT), responsável pela indicação. “Seríamos indignos do apreço popular se, de forma oportunista, nos colocássemos contra (a indicação) apenas para alvejar a Presidência da República”, disse Dias.
A declaração de Dias foi feita durante a sabatina de Fachin pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Dias já havia anunciado apoio ao nome do advogado durante a leitura do relatório sobre Fachin. Dias era governador do Paraná quando o advogado foi nomeado como procurador do Estado.
Curiosamente, o período em que Fachin atuou como procurador ao mesmo tempo em que advogou de forma privada é um dos principais pontos explorados por senadores contrários à nomeação do jurista no STF.
O apoio de Dias a Fachin contrariou o pedido feito por militantes do PSDB quando ele chegava à CCJ do Senado nesta terça-feira. O grupo pedia que Dias retirasse o suporte dado ao jurista.
Dias prosseguiu na defesa a Fachin e disse que os temores em relação a alguns posicionamentos do jurista não procedem. “Vossa excelência não é candidato a imperador para mudar o nosso sistema ideológico. Como se o STF fosse refém de ações totalitárias jamais praticadas ou defendidas pelo doutor Fachin”, afirmou.
Dias é o único dos senadores tucanos presentes à sessão a defender Luiz Edson Fachin até o momento.
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