A um ano da eleição, 12 partidos já têm pré-candidatos à Prefeitura de SP
A um ano das eleições municipais de 2016, partidos políticos têm iniciado conversas sobre possíveis candidaturas e alianças para a disputa pela Prefeitura de São Paulo. Até o momento, ao menos 12 dos 35 partidos existentes já têm nomes de pré-candidatos que poderão concorrer ao cargo de administrador da maior cidade do país no dia 2 de outubro do ano que vem.
Atual prefeito, o petista Fernando Haddad (1.776.317 de votos no primeiro turno e 3.387.720 no segundo) deve ser candidato à reeleição, segundo o presidente municipal do PT e vereador paulistano, Paulo Fiorilo. "Ele é o candidato natural do PT. Onde pode tem possibilidade de reeleição, a [realização de] prévia não é alternativa para o PT."
A respeito de possíveis alianças, o partido tem conversado com ao menos quatro partidos: PR, PDT, Pros e PC do B. Desses, até o momento, os petistas só podem contar com a confirmação do Pros, cujo presidente estadual, Salvador Zimbaldi, foi nomeado secretário de Turismo da capital paulista na última segunda-feira (28).
Já o PDT diz que "a tendência é manter a aliança" com o PT. "Mas política está sempre em movimento", comenta André Gaetta, coordenador de memória do partido e candidato a vereador. O PR não se posicionou até a publicação da reportagem.
Para o PC do B, partido da vice-prefeita, Nádia Campeão, também é "natural que se raciocine pela continuidade", mantendo a aliança com o PT, aponta o presidente municipal do partido, Jamil Murad. "Não se descarta disputar da mesma forma, mas temos conversado com outros partidos, outras lideranças políticas, como a Marta [Suplicy, senadora pelo PMDB-SP]. E temos condição de disputar com chapa própria", comentou o presidente, que diz ainda não ter recebido um contato do PT para uma conversa sobre manter a aliança. A respeito disso, o petista Fiorilo afirma que, "até o momento, conta com o PC do B".
Caminho próprio
Apesar de contar com cinco secretarias na gestão Haddad, o PMDB pretende ter uma candidatura própria à prefeitura de São Paulo, afirma o presidente estadual da sigla, o deputado federal Baleia Rossi. "O PMDB quer trabalhar com candidatura própria em várias cidades do Estado. E a capital é fundamental porque é uma vitrine", disse Rossi, que ainda não tem definições sobre possíveis alianças.
Um dos nomes que podem disputar a prefeitura pelo PMDB é o da senadora Marta Suplicy, ex-PT e recém-filiada à sigla. Marta já é, inclusive, considerada pré-candidata por Rossi; a senadora nega essa condição. "Estou focada para que o PMDB priorize formular um programa para a cidade de São Paulo. Um projeto que vá ao encontro de ações e metas que atendam os graves problemas da cidade. Em função disso, definiremos a candidatura que melhor represente este programa de mudança" disse a ex-prefeita, em nota, ao UOL.
Outra possibilidade pensada pelo partido é o atual secretário da Educação da cidade, Gabriel Chalita, que também já é tratado como pré-candidato pelo presidente estadual do partido. A assessoria de Chalita, no entanto, diz que o assunto ainda está em negociação. Sobre a ligação do secretário com a administração petista, Rossi diz que não vê problema em uma candidatura de Chalita, dizendo que ele foi escolhido para o cargo por ele ser "um especialista na educação". Chalita disputou a prefeitura em 2012, obtendo 833.255 votos.
Quarteto
O PSDB tem quatro pré-candidatos à prefeitura de São Paulo: o empresário João Dória Jr., o vereador Andrea Matarazzo, e os deputados federais Ricardo Trípoli e Bruno Covas, segundo a assessoria do partido. De acordo com o PSDB, outras pré-candidaturas poderão ser registradas até este sábado, 3 de outubro.
A escolha do candidato tucano só deve acontecer no primeiro semestre do ano que vem.
Nova tentativa
Uma das surpresas da eleição de 2012, o deputado federal Celso Russomano tentará, mais uma vez, vencer a corrida pela prefeitura de São Paulo. Há três anos, o político do PRB chegou a liderar as pesquisas, mas terminou o primeiro turno como terceiro mais votado, com 1.324.021 votos.
A experiência do último pleito pode manter alianças feitas em 2012 com PTN e PTB. O PTN, porém, pretende ter aliança apenas na eleição majoritária. No pleito proporcional, o partido estuda integrar uma coligação com outros partidos pequenos chamada "Projeto Vitória", que deve reunir PT do B, PSL, PTC e PRP. Essa aliança, todavia, ainda está na "fase das conversas", segundo os dirigentes dos partidos.
Após a publicação da matéria, porém, o PTB descartou o apoio a Russomano e decidiu lançar Marlene Campos Machado, esposa do presidente da sigla em São Paulo, o deputado estadual Campos Machado, como pré-candidata à prefeitura de São Paulo.
Novidade
O PP levará o nome do jornalista José Luiz Datena --que disputa uma eleição pela primeira vez-- para as urnas na disputa pela prefeitura de São Paulo. A chapa com Datena, a princípio, teria como vice o delegado e deputado estadual Antônio Olim, também filiado ao PP. Mas a decisão final sobre a composição da chapa será de Datena, segundo o presidente municipal do partido, Guilherme Mussi.
A pedido de Datena, o PP trabalha com a hipótese de ter uma "chapa pura" --apenas integrantes do PP para prefeito e vice -- na disputa eleitoral de 2016, mas não descarta alianças com outros partidos, diz Mussi.
Outro estreante em eleições majoritárias é o, até agora, único pré-candidato do PSD à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores). Patah foi convencido pela direção do partido a concorrer ao cargo, conta Alda Marco Antônio, vice-presidente do diretório municipal do PSD. "Outros nomes podem surgir até a convenção do partido [que deve ocorrer entre julho e agosto], mas a direção apoia o Patah", diz Alda.
Nanicos
Conhecido por sua atuação na Comissão de Direitos Humanos e Minorias na Câmara, o deputado federal Marco Feliciano é pré-candidato à prefeitura paulistana pelo PSC. Pelo PRTB, quem vai disputar o principal cargo da cidade é Levy Fidelix (19.800 votos em 2012). O PSDC lançará o nome do vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo João Bico na corrida pela prefeitura. Os três partidos ainda não têm definições sobre alianças para a disputa.
O PHS também terá candidato próprio: o vereador Laércio Benko. Ao UOL, Benko disse que está conversando com o PMN a respeito de uma possível aliança. O PMN, por sua vez, comenta que ainda não tem posição definida, mas tem "conversas adiantadas" com Benko, informou Telma Zaira, da Executiva do partido.
Os outros partidos ainda estão definindo suas estratégias. Uma das novidades será uma "aliança programática" que será feita por PV, PSB, PPS e Rede.
As candidaturas oficiais serão conhecidas apenas entre 20 de julho e 5 de agosto de 2016, período em que os partidos farão as inscrições na Justiça Eleitoral, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Atualização
No sábado (3), os dirigentes do PV decidiram lançar a candidatura do deputado estadual Roberto Trípoli à prefeitura de São Paulo. Em 2014, ele conquistou 232.467 votos na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo, sendo o quarto mais votado.
*Colaborou Wellington Ramalhoso
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