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Sem definir candidatos, partidos apresentam programa conjunto para São Paulo

Nathan Lopes

Do UOL, em São Paulo

03/10/2015 06h00Atualizada em 05/10/2015 21h22

Quatro partidos têm realizado reuniões desde meados de setembro para definir uma proposta conjunta para São Paulo. PPS, PSB, PV e Rede estão juntos em um projeto chamado "Diálogos por São Paulo", que vai gerar uma proposta conjunta para a capital paulista. O resultado desses encontros deverá ser apresentado em um evento no dia 17 de outubro, na Câmara Municipal, segundo assessores dos partidos.

Apesar da "aliança programática", o quarteto ainda não tem falado em se coligar para disputar a prefeitura de São Paulo --ao menos neste momento. Por isso, os partidos têm avaliado seus próprios cenários para a eleição de 2016.

O PV, por exemplo, tem pensado em ter o deputado estadual Roberto Trípoli (irmão do pré-candidato tucano) ou o candidato à Presidência da República em 2014 Eduardo Jorge na disputa pela prefeitura de São Paulo. Procurado, Jorge diz que, no ano passado, foi "voluntário para ajudar a divulgar o programa do PV". "Suponho que, em 2016, teremos outros voluntários dispostos e bem preparados". Já Trípoli fala que é um "soldado à disposição do partido", mas não confirma uma pré-candidatura. No sábado (3), o PV anunciou a pré-candidatura de Trípoli.

No PSB, ainda não há definição sobre candidatura à prefeitura, apesar dos nomes do vereador Eliseu Gabriel e do vice-governador paulista, Márcio França, terem sido comentado em reuniões.

No PPS e na Rede, conversas ainda acontecem, mas um nome tem sido falado em ambos os partidos para a prefeitura de São Paulo: o do vereador Ricardo Young (PPS), que é aliado de Marina Silva, criadora da Rede. Young não fala sobre o assunto.

Sem definição

Procurados, PSTU, PSOL, PPL, Democratas, PEN, Solidariedade, PCB e Partido Novo dizem que ainda estudam o que farão no próximo ano. O Novo, por ter sido registrado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) há pouco tempo, diz que está focado em novas filiações, mas que pensa, sim, em ter candidatura própria à prefeitura, apesar de ainda "não ter candidato em potencial". O partido descarta fazer coligações.

O Democratas quer aproveitar o novo prazo para filiações --agora, elas poderão ser feitas até seis meses antes do pleito-- para definir estratégias e alianças. Solidariedade, PPL, PSTU e PEN têm discurso semelhante. O PCB pretende fazer uma convenção entre novembro e dezembro.

O PSOL, oficialmente, também diz que ainda está em conversações sobre nomes próprios para concorrer à prefeitura. Porém, o deputado estadual Carlos Giannazi (62.431 votos na eleição de 2012) já se apresenta como pré-candidato.

No PCO, dois nomes são considerados os mais prováveis para a disputa à prefeitura paulistana: Raimundo Sena, candidato ao governo do Estado em 2014, e Anaí Caproni (1.373 votos em 2012). Eles, contudo, ainda não são considerados pré-candidatos pelo partido, que irá definir sua posição em conferência no primeiro semestre de 2016.

Até a publicação desta reportagem, o PR não havia respondido os contatos do UOL. Recém-registrado, o PMB não possui diretório em São Paulo.

As conversas dos partidos só deverão terminar a partir de 20 de julho de 2016. Desta data até 5 de agosto, as candidaturas deverão ser registradas na Justiça Eleitoral. Até lá, muitas alianças políticas para a eleição municipal em São Paulo poderão surgir ou ser desfeitas.