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Jean Wyllys cospe em Bolsonaro e diz que faria de novo

Fabiana Maranhão e Wellington Ramalhoso

Do UOL, em Brasília

17/04/2016 22h08Atualizada em 05/10/2016 15h06

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) disse que realmente cuspiu em direção a seu colega Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e afirmou que faria de novo. "Eu cuspiria na cara dele quantas vezes eu quisesse", declarou. O deputado disse que não teme ser processado. Wyllys disse ter sido insultado por Bolsonaro.

"Na hora que eu fui votar, esse canalha decidiu me insultar na saída e tentar agarrar meu braço; ele ou alguém que estivesse perto dele. Quando eu vi o insulto, eu devolvi com um cuspe na cara dele, que é o que ele merece", afirmou.

Bolsonaro disse que a cusparada foi um fato gravíssimo, mas ele não decidiu se processará o parlamentar.

"Eu vou ver o que eu faço. Isso aí é gravíssimo. Uma cusparada não pode existir no parlamento. Não gosto de processar ninguém, não. Tenho centenas de processos aí por homofobia. Respeito os outros e tenho direito a ser respeitado nas minhas ideias, palavras, votos e opiniões. Uma cusparada foge da normalidade", declarou Bolsonaro.

De acordo com ele, o deputado federal Luiz Carlos Heinze (PP-RS) também foi atingido. “É o desespero. Perderam, democraticamente perderam. Chegou uma parte [do cuspe], 30% em mim e o resto no Luiz Carlos Heinze.”

Bolsonaro afirmou que as homenagens feitas por ele no discurso que fez ao votar pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) irritaram Wyllys. “O meu encaminhamento [voto] ele não gostou obviamente porque eu peguei pesado. Perderam em 1964 e em 2016, parabéns ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que era o pavor de Dilma Rousseff. Me encaminhei pelas Forças Armadas, pela democracia, em defesa da família e das crianças nas escolas. Talvez seja isso, né? Ele queria aprovar o kit gay aqui, perverter nossas crianças em sala de aula. Talvez seja isso que tenha tornado ele um tanto quanto agressivo. Baixou o nível.”

Antes, Bolsonaro havia dado declaração inflamada e polêmica ao aceitar o impeachment da presidente Dilma (PT). Ele exaltou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-Codi e acusado de comandar torturas durante a ditadura militar. 

Bolsonaro exalta coronel acusado de torturas na ditadura

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