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Ação contra presidente do Conselho de Ética tinha erro em assinatura

BBC Brasil
Imagem: BBC Brasil

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

06/07/2016 17h15

O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, José Carlos Araújo (PR-BA), afirmou nesta quarta-feira (6) que a representação contra ele feita à Corregedoria da Câmara, e classificada por Araújo como uma “manobra”, foi arquivada por um erro na assinatura do documento.

O motivo do arquivamento, segundo Araújo, comprovaria a afirmação dele de que se tratou de um expediente para intimidá-lo durante a aprovação do processo de cassação contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente afastado da Câmara por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).

“O cara assinar o nome errado, eu nunca vi isso na vida”, disse Araújo. “Ou seja, está claro e evidente que a representação foi feita nesta Casa [a Câmara] e assinado por alguém desta Casa. Então está comprovado o que eu disse aqui”, afirmou.

Em maio, Araújo convocou a imprensa para informar sobre a representação contra ele e classificou a ação como uma “manobra em curso” para intimidá-lo. Se a representação fosse de fato instaurada no Conselho de Ética, ele teria que deixar a presidência da comissão. 

Segundo o presidente do conselho, a representação foi apresentada por adversários políticos de sua base eleitoral no interior da Bahia.

A documentação trazia denúncias de que ele teria feito repasses irregulares a vereadores de Juazeiro (BA) e utilizado um laranja na compra de um terreno, além de ter atentado contra a imagem de um prefeito do interior baiano em pronunciamento numa rádio local.

Na época, Cunha negou, por meio de nota, qualquer tipo de relação com a ação contra Araújo. "Estou afastado e esse ato não é meu. Assim como desconheço as razões das representações, não conheço os seus supostos adversários políticos. Ao invés de procurar culpados, deveria responder aos fatos denunciados", afirmou o deputado do PMDB.