Presidente do Senado, Renan vota a favor do impeachment de Dilma
Ao votar pela primeira vez no processo de impeachment, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se posicionou contra Dilma Rousseff e foi favorável à perda definitiva do cargo pela petista.
Esta foi a terceira votação do processo do impeachment pelo plenário do Senado. Nas duas anteriores, Renan, que presidia o processo, não tinha votado. A primeira votação, em maio, determinou o afastamento temporário de Dilma. A segunda, em 10 de agosto, tornou Dilma ré e determinou que ela fosse a julgamento.
Pouco antes da votação desta quarta-feira (31), Renan fez um pronunciamento no Senado no qual defendeu a legitimidade do processo de impeachment.
“Percorremos uma estrada pavimentada na legitimidade e muito bem sinalizada pela Constituição”, disse. "Um dia a história nos julgará, e nossa única certeza é que não nos omitimos", afirmou o senador.
Antes, Renan vinha justificando sua ausência das votações com o argumento de que, por ser presidente do Senado, deveria manter certa imparcialidade. No entanto, a votação final foi presidida por Ricardo Lewandowski, do STF.
O impeachment da presidente Dilma Rousseff foi aprovado esta quarta-feira pelo Senado, após um processo que durou quase nove meses desde que foi aberto na Câmara dos Deputados em 2 de dezembro do ano passado.
Com o resultado, o presidente interino, Michel Temer (PMDB), assume em definitivo a Presidência da República e governa até o fim de 2018, ano em que terminaria o segundo mandato de Dilma.
O Congresso Nacional deve realizar nas próximas horas a cerimônia de posse de Temer no cargo. Em seguida, Temer fará sua primeira viagem ao exterior como presidente efetivo. Ele irá à China, para uma reunião do G-20, grupo das principais economias do mundo.
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