Investigado por elo com PCC, prefeito eleito de Embu é alvo de mandado de prisão
Prefeito eleito de Embu das Artes, cidade da Grande São Paulo, o vereador Ney Santos (PRB) é alvo de mandado de prisão preventiva na primeira fase Operação Xibalba. Acusado por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e ligação com o crime organizado, Santos teve a prisão determinada pela Justiça. Ele também é presidente da Câmara Municipal de Embu. Santos já ficou detido entre 2003 e 2006 por suspeita de envolvimento com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
O PRB informou, por e-mail, que "antes de se pronunciar, o PRB aguarda recebimento de comunicado oficial da Justiça sobre o pedido de prisão preventiva de Ney Santos, prefeito eleito em Embu das Artes, por parte do Ministério Público".
Investigado
Em 2010, ele era candidato a deputado federal pelo PSC quando foi investigado pela Polícia Civil, que suspeitava que usava 15 postos de combustível, uma ONG e uma empresa para lavar dinheiro do crime organizado e financiar sua campanha.
Segundo policiais, Santos era conhecido como Nei Gordo no submundo do crime. Absolvido em segunda instância em 2006, ele acumulou patrimônio após a soltura, o que provocou suspeita das autoridades.
Em setembro, durante o primeiro turno das eleições municipais, o UOL procurou o gabinete de campanha do político, que disse que as acusações contra ele não foram provadas e são ataques dos adversários políticos. Santos foi eleito com 79,45% dos votos válidos em Embu das Artes.
Segundo na semana
Santos não é o único prefeito eleito em São Paulo que está na mira da Justiça. Na última terça-feira, o vereador Rogério Lins (PTN), prefeito eleito de Osasco, tornou-se foragido.
Ele é suspeito de integrar um esquema que desviou cerca de R$ 21 milhões da Câmara da cidade da região metropolitana de São Paulo com a contratação de funcionários fantasmas.
Por conta do escândalo, a cerimônia de diplomação do prefeito e dos vereadores eleitos, que seria realizada no anfiteatro do Unifieo no dia 16 de dezembro, foi cancelada por determinação da juíza Isabel Cristina Maceiros Ferreira, da 213ª Zona Eleitoral --a justificativa é que a manutenção do evento poderia gerar protestos violentos de manifestantes.
A diplomação dos candidatos eleitos, no entanto, está mantida e os parlamentares poderão retirar os diplomas na 213ª Zona Eleitoral a partir do dia 16 de dezembro.
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