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FHC visita Lula no Sírio para expressar condolências por Marisa Letícia

FHC visita Lula no hospital Sírio Libanês, em SP, para prestar condolências pela morte de Marisa Letícia - Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Divulgação
FHC visita Lula no hospital Sírio Libanês, em SP, para prestar condolências pela morte de Marisa Letícia Imagem: Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Divulgação

Janaina Garcia e Aiuri Rebello

Do UOL, em São Paulo

02/02/2017 16h07Atualizada em 02/02/2017 20h20

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tarde desta quinta-feira (2) no hospital Sírio Libanês, na região central de São Paulo, para expressar condolências pela ex-primeira dama Marisa Letícia. Ela teve a morte cerebral declarada hoje de manhã depois de quase dez dias internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por conta de um AVC (acidente vascular cerebral) do tipo hemorrágico.

A agenda de Fernando Henrique não foi divulgada para a imprensa do hospital, mas foi confirmada pela assessoria do Instituto FHC e por fontes ligadas ao Partido dos Trabalhadores. O tucano, que é presidente de honra do PSDB, esteve acompanhado do ex-ministro das relações exteriores e da defesa nas gestões Lula e Dilma, Celso Amorim, e do ex-secretário de direitos humanos e ex-ministro da Justiça de sua gestão (1995-1998/1999-2002), José Gregori.

Em 2008, então em seu segundo mandato, Lula  decretou luto oficial de três dias pela morte da ex-primeira-dama Ruth Cardoso, então mulher do ex-presidente FHC.

À época, Lula modificou a agenda oficial para ir ao velório de Ruth, que morreu aos 77 anos em decorrência de problemas cardíacos. Devido ao luto oficial, o Congresso Nacional suspendeu todas as suas atividades durante a semana.

As fotos divulgadas do encontro desta quinta-feira entre Lula e FHC comoveram internautas nas redes sociais.

02.fev.2017 - Ex-presidente FHC (e) presta visita de solidariedade ao também ex-presidente Lula pela morte da ex-primeira dama Marisa Letícia Lula da Silva - Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Divulgação - Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Divulgação
O encontro dos dois ex-presidentes aconteceu no hospital Sírio Libanês, em SP
Imagem: Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Divulgação

Morte cerebral foi declarada de manhã

A ex-primeira-dama e mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marisa Letícia Lula da Silva, 66, teve morte cerebral nesta quinta-feira (2) em razão de complicações causadas por um AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico.

Lula e sua família autorizaram o procedimento de doação de órgãos após constatação de "ausência de fluxo cerebral". Em post no Facebook, o ex-presidente agradeceu às "manifestações de carinho e solidariedade".

A morte cerebral foi confirmada em dois exames: o primeiro, no início da manhã, e o segundo, por volta das 12h45, como estabelece o protocolo para oficialização desse tipo de óbito. O velório será realizado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (ABC Paulista), cidade em que reside a família Lula.

Às 15h30, equipes da OPO (Organização de Procura de Órgãos), ligada à Secretaria de Estado da Saúde, e do hospital Sírio Libanês avaliavam quais órgãos estão em condições de serem transplantados. Após esse procedimento, será verificado na lista única da Central de Transplantes brasileira quais os eventuais receptores aptos a receber os órgãos que possam ser doados. Para tanto, o coração deve parar sozinho ou passar o período de 24 horas desde a última sedação.

De acordo com a assessoria da Secretaria Estadual de Saúde, depois da avaliação, o Hospital Sírio-Libanês entra em contato com o hospital do possível receptor e as duas entidades juntas combinam o transporte do órgão. Eventualmente, o helicóptero Águia da PM ou ambulâncias da própria secretaria podem ajudar nesta remoção se for necessário. Para tanto, o coração dela deve parar sozinho ou passar o período de 24 horas desde a última sedação.

Em junho, o presidente Michel Temer anunciou uma medida que obriga a FAB (Força Aérea Brasileira) a ter um avião permanentemente disponível para transporte de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para transplante.

Da esquerda para a direita, o ex-ministro das relações exteriores e da defesa nas gestões Lula e Dilma, Celso Amorim; Lula, FHC e o ex-secretário de direitos humanos e ex-ministro da Justiça de FHC, José Gregori - Roberto Stuckert/Instituto Lula/Divulgação - Roberto Stuckert/Instituto Lula/Divulgação
Da esquerda para a direita, o ex-ministro das relações exteriores e da defesa nas gestões Lula e Dilma, Celso Amorim; Lula, FHC e o ex-secretário de direitos humanos e ex-ministro da Justiça de FHC, José Gregori
Imagem: Roberto Stuckert/Instituto Lula/Divulgação