Topo

Fachin arquiva inquéritos contra Imbassahy e Jungmann, ministros de Temer

Temer e o ministro da Defesa, Raul Jungmann, durante evento no Rio de Janeiro - Lucas Lacaz Ruiz - 4.abr.2017/Estadão Conteúdo
Temer e o ministro da Defesa, Raul Jungmann, durante evento no Rio de Janeiro Imagem: Lucas Lacaz Ruiz - 4.abr.2017/Estadão Conteúdo

Bernardo Barbosa e Gustavo Maia

Do UOL, em São Paulo e Brasília

11/04/2017 19h50Atualizada em 11/04/2017 21h20

O ministro do STF Edson Fachin, relator da operação Lava Jato na corte, arquivou pedidos de abertura de inquéritos contra os ministros Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo, PSDB) e Raul Jungmann (Defesa, PPS), segundo documentos divulgados esta terça (11) pelo tribunal. Os pedidos tiveram o sigilo retirado, e as solicitações de arquivamento foram feitas pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

O arquivamento dos inquéritos contra Imbassahy e Jung não quer dizer, entretanto, que o gabinete de Temer ficou imune a pedidos de investigação. Fachin decidiu autorizar investigações sobre nove dos 28 ministros.

O senador Romário (PSB-RJ) também teve um pedido de investigação arquivado pelo Supremo após solicitação da PGR, assim como os deputados Benito Gama (PTB-BA), Cláudio Cajado (DEM-BA) e Orlando Silva (PCdoB-SP).

Antonio Imbassahy, deputado federal (PSDB-BA) - Sérgio Lima - 22.fev.2016/Folhapress - Sérgio Lima - 22.fev.2016/Folhapress
Antônio Imbassahy, ministro da Secretaria de Governo
Imagem: Sérgio Lima - 22.fev.2016/Folhapress

Um outro pedido de abertura de inquérito arquivado tinha como alvo “pessoas não identificadas relacionadas aos governos dos Estados do Rio de Janeiro (1983-1986), São Paulo (1980-1982, 1987-1990 e 1991-1994), Paraná (1987-1990), Mato Grosso do Sul (1987-1990) e Santa Catarina (1987-1990).

Pedidos devolvidos à PGR

O STF também devolveu à PGR, o pedido da Procuradoria para nova análise, três pedidos de abertura de inquérito, também com suspensão de sigilo. Nestes, os alvos são o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE); os deputados Darcísio Perondi (PMDB-RS), Paulo Pimenta (PT-RS) e Irajá Abreu (PSD-TO); e o ex-senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS).

Outros oito pedidos de abertura de inquérito vão retornar à PGR para nova manifestação e, assim como os outros, com o sigilo suspenso. Nestes documentos, os alvos são o ministro Roberto Freire (PPS); os senadores Marta Suplicy (PMDB-SP), Agripino Maia (DEM-RN), Eduardo Amorim (PSDB-SE) e Maria do Carmo Alves (DEM-SE); e os deputados Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Felipe Maia (DEM-RN, filho de Agripino Maia) e Paes Landim (PTB-PI). Outros alvos destes pedidos são Arnaldo Jardim (PPS), secretário estadual de Agricultura em São Paulo e ex-deputado federal; e Márcio Toledo, ex-presidente do Jockey Club Paulista e marido de Marta Suplicy.