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Veja o que têm a dizer os políticos alvo de pedido de inquérito pelo STF

Pedro Ladeira/Folhapress
Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

11/04/2017 18h25Atualizada em 14/04/2017 19h36

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na corte, determinou a abertura de inquéritos contra 8 ministros do governo do presidente Michel Temer, além de 24 senadores e 39 deputados federais. A informação é do jornal "O Estado de S. Paulo". 

Os inquéritos foram abertos mediante pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base nas delações dos 78 executivos e ex-executivos do grupo Odebrecht. Também serão investigados no Supremo um ministro do Tribunal de Contas da União, três governadores e 24 outros políticos e autoridades que, apesar de não terem direito ao chamado foro privilegiado, estão relacionadas aos fatos narrados pelos colaboradores.

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Veja o que os políticos que são alvo de pedido de inquérito de Fachin têm a dizer:

MINISTROS

Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Blairo Maggi (PP-MT)

Maggi diz lamentar ter o nome incluído na lista e destaca não ter relação com a Odebrecht ou seus dirigentes e nem ter tido recebido doações da construtora para suas campanhas eleitorais. Ainda destaca não saber sequer do que foi acusado.

Ministro das Cidades Bruno Araújo (PSDB-PE)

O ministro admite ter solicitado doações à Odebrecht, mas diz ter seguido a legislação eleitoral para tal. "Atuei de acordo com a minha consciência", destaca ainda o ministro em nota.

Ministro da Ciência e Tecnologia Gilberto Kassab (PSD-SP)

O ministro Kassab diz não ter tido acesso oficial às informações e pede ainda "cautela com depoimentos de colaboradores, que não são provas". Ele também destaca que os atos praticados em sua campanha seguiram a legislação vigente.

Ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes (PSDB-SP)

O ministro afirma que só vai se manifestar depois que tiver acesso ao teor do inquérito.

Ministro da Casa Civil Eliseu Padilha (PMDB-RS)

Procurado pela reportagem, o ministro preferiu não se manifestar por ora.

Ministro da Integração Nacional Helder Barbalho (PMDB-PA)

O ministro nega ter cometido ilegalidades.

Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços Marcos Pereira (PRB-RJ)

O ministro afirma não ter conhecimento de nada do que é acusado e que "agiu sempre dentro da lei".

Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência Moreira Franco (PMDB-RJ)

O ministro diz que "só falará nos autos do processo".

SENADORES

Senador Aécio Neves (PSDB-MG)

Por meio de nota, o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, diz considerar importante o fim do sigilo sobre o conteúdo das delações e afirma que “assim será possível desmascarar as mentiras e demonstrar a absoluta correção de sua conduta”.

Senador José Serra (PSDB-SP)

Em nota, o senador tucano afirma que a abertura do inquérito pelo STF é uma oportunidade de demonstrar que não cometeu nenhuma irregularidade em suas campanhas.

Senador Romero Jucá (PMDB-RR)

O senador Romero Jucá (RR), presidente do PMDB, afirma em nota que sempre esteve e sempre estará à disposição da Justiça para prestar qualquer informação. “Nas minhas campanhas eleitorais sempre atuei dentro da legislação e tive todas as minhas contas aprovadas”, afirmou o senador.

Senador Valdir Raupp (PMDB-RO)

O senador se diz "tranquilo" com a citação e afirma que a lista é "baseada em declarações de delatores que no desespero falam e ninguém pode impedir". Raupp alega ter como provar que as doações destinadas ao PMDB foram legais e declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Senador Humberto Costa (PT-PE)

O senador petista diz que já abriu mão de todos os seus sigilos e está à disposição das autoridades. Humberto Costa aguarda ter acesso aos novos documentos para reunir as informações necessárias à sua defesa. 

Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)

Em nota, a senadora esclarece que as doações feitas para suas campanhas foram oficiais, declaradas e posteriormente aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)

Em nota, o senador Fernando Bezerra se diz à disposição das autoridades a fim de prestar quaisquer esclarecimentos que elas possam necessitar e afirma que sua defesa não foi comunicada e tampouco teve acesso à referida investigação.

Senador José Agripino Maia (DEM-RN)

Em nota, o presidente nacional do Democratas se diz à disposição da Justiça para colaborar com as investigações que se venham a requerer. O senador ainda destaca que não foi candidato em 2014 e que desconhece o teor das menções a ele atribuídas.

Senadora Kátia Abreu (PMDB-TO)

A senadora Kátia Abreu diz que, por desconhecer a decisão, não tem elementos suficientes para rebater as supostas acusações “feitas contra mim e o meu marido, mas afirmo categoricamente que, em toda a minha vida pública, nunca participei corrupção e nunca aceitei participar de qualquer movimento de grupos fora da lei”. 

Senadora Marta Suplicy (PMDB-SP)

Segundo a assessoria de imprensa de Marta Suplicy, o ministro Edson Fachin não determinou a abertura de investigação contra a senadora, mas, sim, retornou a denúncia para o Procurador-Geral Rodrigo Janot para avaliar a extinção de punibilidade. A nota destaca ainda que os fatos mencionados na delação são "inteiramente falsos."

Senador Jorge Viana (PT-AC)
"Nada devemos e nada tememos. Confiamos na Justiça", diz o senador petista sobre ter seu nome e o do governador Tião Viana na lista. Jorge Viana acrescentou ainda que vai provar na Justiça que as campanhas de 2010 foram feitas dentro da lei e com dinheiro limpo. Citando "risco de paralisia institucional", o senador acredita que a crise política vá se aprofundar a partir deste acontecimento, já que não apenas o PT aparece na tal lista, como todas as legendas e expoentes partidários.

Senador Eunício Oliveira (PMDB-CE)
"A Justiça brasileira tem maturidade e firmeza para apurar e distinguir mentiras e versões alternativas da verdade", declarou o senador peemedebista citado na lista.

Senador Dalirio Beber (PSDB-SC)

O senador tucano se diz "indignado, mas completamente tranquilo". Ele destaca não ter tido acesso ao processo e não saber o que lhe foi atribuído para aparecer na lista.

Senador Renan Calheiros (PMDB-AL)

Em vídeo divulgado nesta quinta, o senador Renan Calheiros afirma que a Procuradoria tenta “criminalizar doação legal a pretexto de obra cuja gestão é de governo adversário. Eu confio na Justiça. A chance de ter me favorecido é zero. Zero. As minhas contas são auditadas desde 2003. Não há um centavo ilegal. O meu patrimônio é compatível e eu não tenho conta no exterior. Essas denúncias serão arquivadas por falta de prova, por falta de materialidade. Mas seria o caso de perguntar: a quem serve esse abuso? A quem serve essa perseguição?”

Senadora Lidice da Mata (PSB-BA)

A senadora diz ter a consciência tranquila e pede que agora haja a quebra do sigilo do processo. "Quem não deve não teme. Espero que as investigações avancem, com transparência e agilidade. Que as responsabilidades sejam devidamente apuradas, para que separemos o joio do trigo."

Senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES)

O tucano afirmou que ficou perplexo e indignado com a presença de seu nome entre os investigados "Toda minha campanha foi declarada e como poderão constatar na prestação de contas no TSE, esta empresa não foi doadora. Nunca tratei qualquer assunto com essas pessoas e tampouco autorizei que alguém tratasse. Acionarei esses mentirosos judicialmente para que provem as acusações."

Senador Antônio Anastasia (PSDB-MG)

O senador diz que nunca tratou de qualquer assunto ilícito com ninguém.


Senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)

O tucano afirma ter recebido uma doação da Braskem, empresa do grupo Odebrecht, na campanha eleitoral de 2014. Mas, segundo ele, essa doação foi "devidamente declarada" em sua prestação de contas. Além disso, Cunha Lima declarou que "a Odebrecht nunca fez obras no tempo em que eu fui prefeito e governador".

Senador Edison Lobão (PMDB-MA)

Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", a defesa do senador diz que "é bom que as informações venham a público, para que eles [clientes] possam se defender".

Senador Eduardo Braga (PMDB-AM)

O senador afirma estar "tranquilo" e que aguarda o resultado das investigações.

Senador Ivo Cassol (PP-RO)

"Vejo isso como retaliação por ter sido contra a isenção de impostos nas obras", disse o senador, fazendo referência à construção das usinas de Jirau e Santo Antônio.

Senador Lindbergh Farias (PT-RJ)

O petista afirma confiar que as investigações irão esclarecer os fatos e que "o arquivamento será o único desfecho possível".

Senador Omar Aziz (PSD-AM)

O senador disse que a Odebrecht não teve contratos ou pagamentos recebidos no seu governo.

Senador Paulo Rocha (PT-PA)

"Todos os recursos da minha campanha de 2014 para o Senado Federal foram repassados pela direção nacional e estadual do Partido dos Trabalhadores e estão todos declarados nas prestações de contas junto ao TRE", disse o petista, em nota. O texto ainda destaca que a utilização desses recursos obedeceu às normas da legislação eleitoral em vigor naquele ano.

Senador Renan Calheiros (PMDB-AL)

Em nota, o senador afirmou que a abertura dos inquéritos permitirá que ele conheça o teor das "supostas acusações". "Acredito que esses inquéritos serão arquivados por falta de provas, como aconteceu com o primeiro", disse.

Senador Fernando Collor (PTC-AL)

"Nego, de forma veemente, haver recebido da Odebrecht qualquer vantagem indevida não contabilizada na campanha eleitoral de 2010", disse o senador, em nota.

DEPUTADOS

Deputado Paulinho da Força (SD-SP)

Ao jornal Folha de S.Paulo, o deputado destacou o clima de brincadeira entre os políticos e diz que "quem não apareceu [na lista] está sendo considerado desprestigiado". Em nota, o deputado afirmou que "a Odebrecht doou R$ 1 milhão para o partido Solidariedade, que foi distribuído para pagamentos de campanhas entre diversos candidatos aos cargos de deputados federal e estadual. Deste montante, minha campanha ficou com exatos R$ 158.563,00, conforme registro no TSE", e que suas contas foram aprovadas pelos órgãos eleitorais responsáveis.

Deputado Carlos Zarattini (PT-SP)

"Não tive acesso ao conteúdo das supostas delações envolvendo meu nome. Todas as minhas doações de campanha foram legais e declaradas nos órgãos competentes e aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral", declarou.

Deputada Maria do Rosário (PT-RS)

"A medida é uma mera autorização do STF para apuração dos fatos sobre as delações da Odebrecht. No entanto a mera citação de meu nome me deixa indignada.  Não me calarei frente a este episódio e não me afastarei um milímetro sequer das causas que acredito e que o nosso trabalho representa. Vou disponibilizar meus sigilos fiscal, bancário e telefônico ao STF tamanha é minha tranquilidade. Meu nome e minha vida não estão à disposição para serem enxovalhados por ninguém em nenhum lugar", declarou a deputada.

Deputado Rodrigo Garcia (DEM-SP)

"Jamais recebi doação não contabilizada em minhas campanhas eleitorais. Sou o maior interessado para que esse assunto seja esclarecido o mais breve possível", declarou o deputado em nota.

Deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA)

O deputado elogiou o ministro Fachin por abrir a investigação e declarou que "todo homem público tem que estar pronto para ser investigado". Ele ainda destaca que "todas as doações de campanha que recebi foram legais e estão declaradas."

Deputado Betinho Gomes (PSDB-PE)

O relator da reforma política na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Betinho Gomes (PSDB-PE), afirmou em nota, que está com a "consciência tranquila, com a responsabilidade de quem sabe que não haverá nada que tenha feito que seja ilegal". 

Deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA)

"Não tenho nada a temer. Os baianos e os brasileiros conhecem minha trajetória de mais de 30 anos de atividade pública. Se algum inquérito for aberto, tenho total convicção que o destino será o arquivamento", declarou o deputado.

Deputado Marco Maia (PT-RS)

O petista diz que adotará "ações criminais cabíveis contra estes delatores", "na medida em que imputam a terceiros atos inexistentes como forma de obterem benefícios que não merecem junto ao Poder". 

Deputado Alfredo Nascimento (PR-AM)

Em nota, o deputado afirmou receber com "surpresa" a notícia de que seu nome está na lista. "Não tenho e não tive qualquer relação com executivos, empresas e estatais envolvidos", disse.

Deputado Antônio Brito (PSD-BA)

O deputado afirma que as doações eleitorais da sua campanha de 2010 foram "declaradas e aprovadas na prestação de contas".

Deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP)

O petista diz não saber "onde e de que maneira foi citado" nas delações da Odebrecht.

Deputado Beto Mansur (PRB-SP)

O deputado afirma que as doações feitas por empresas para sua campanha eleitoral "foram efetuadas dentro da legislação vigente à época".

Deputado Cacá Leão (PP-BA)

Segundo o deputado, "todas as doações [para campanha] foram recebidas de forma oficial".

Deputado Celso Russomanno (PRB-SP)

O deputado afirma que as doações recebidas por ele foram "oficiais". "Nunca dei nada em troca", disse.

Deputado Daniel Vilela (PMDB-GO)

O deputado declarou que sua campanha foi feita "inteiramente com recursos contabilizados, conforme determina o TSE, e aprovada".

Deputado Décio Lima (PT-SC)

Em nota, o deputado disse que "a verdade prevalecerá e a justiça será feita". "É importante destacar que não sou réu e nem investigado em nenhum processo da Lava Jato. A minha vida pública sempre foi pautada pela ética, lisura e transparência e a minha história demonstra a preocupação com a legalidade de todos os meus atos", declarou.

Deputado Dimas Toledo (PP-MG)

O deputado afirma que "jamais teve contato com a Odebrecht, não tendo sido destinatário de recursos pela empresa".

Deputado Vicentinho (PT-SP)

O petista disse ter recebido com "surpresa" a notícia de que seu nome estava na lista. "Me delataram dizendo que eu recebi, há sete anos atrás, em 2010, a quantia de 30 mil reais. Não 30 milhões, pessoal, 30 mil, em duas parcelas de R$ 15 mil, para a minha campanha", disse o deputado, que afirmou que vai se "defender com unhas e dentes" do que classificou como uma "tentativa de me enquadrar em uma lei eleitoral de falsidade ideológica".

Deputado Heráclito Fortes (PSB-PI)

O deputado afirma que irá se manifestar quando tiver conhecimento do teor do pedido de investigação.

Deputado Júlio Lopes (PP-RJ)

O deputado disse que "todas as contas eleitorais foram aprovadas pela Justiça".

Deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA)

O deputado afirma que tem "absoluta convicção" de que o procedimento será arquivado.

Deputado José Reinaldo (PSB-MA)

Em nota, o deputado disse não ter sido citado por nenhum delator da Odebrecht. Segundo ele, os colaboradores "fizeram referência à suposta conduta de um auxiliar seu, quando exerceu o cargo de Governador do Maranhão". O deputado ainda afirmou que está "absolutamente tranquilo" e que "a apuração demonstrará sua inocência".

Deputado Milton Monti (PR-SP)

Em nota, o deputado disse não ter conhecimento do teor das citações referentes ao seu nome. "Todas as doações para as minhas campanhas eleitorais foram feitas legalmente. É bom que se apure, pois, assim, a minha inocência será comprovada", declarou.

Deputado Nelson Pellegrino (PT-BA)

O petista disse estar "tranquilo" e que se manifestará "após o conhecimento dos termos".

Deputado Ônyx Lorenzoni (DEM-RS)

O deputado afirmou estar "surpreso, indignado, revoltado" com a presença de seu nome na lista. "Nunca estive na sede da Odebrecht, nunca pedi dinheiro para a Odebrecht", disse. 

Deputado Paulo Henrique Lustosa (PP-CE)

"Jamais recebi doação não contabilizada em minhas campanhas eleitorais", declarou o deputado.

Deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ)

"O processo vai comprovar que são falsas as citações dos delatores, e os inquéritos serão arquivados", disse o peemedebista.

Deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ)

O presidente da Câmara afirmou que "todas as contribuições recebidas em campanha eleitoral foram devidamente oficializadas".

Deputado Vander Loubet (PT-MS)

Disse que todas suas contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. "Volto a esclarecer que todas as contribuições recebidas durante minhas campanhas eleitorais sempre foram oficializadas em prestações de contas aprovadas pela Justiça Eleitoral – incluindo a doação de R$ 50 mil citada na delação. Ou seja, não houve ilegalidade alguma e isso ficará provado no curso da investigação', afirmou, em nota.


Deputado Vicente Cândido (PT-SP)

O deputado afirmou que não teve acesso aos autos do processo e que os delatores ainda precisarão comprovar o que disseram. "Tenho certeza de minha idoneidade e me coloco à disposição para quaisquer esclarecimentos à Justiça", disse.

Deputada Yeda Crusius (PSDB-RS)

Em nota, a deputada afirmou acreditar que "transparência é fundamental" e que aguarda o levantamento dos sigilos das delações. "Embora desconhecendo ainda as razões que o levaram a elaborar estas listas, considero fundamental tanto a Lava Jato quanto o trabalho do Supremo para que os inquéritos hoje autorizados sejam feitos e concluídos", disse.

Deputado Zeca Dirceu (PT-PR)

"Tenho minha consciência tranquila e nunca tive relação com a Odebrecht", declarou o deputado.

Deputado Fábio Faria (PSD-RN)

Faria diz que confia nas instituições do nosso país e que prestará "todos os esclarecimentos à Justiça e ao Ministério Público para provar minha inocência em relação às acusações ora apresentadas".


Deputado Zeca do PT (PT-MS)

Em nota, o deputado disse que a citação de seu nome por um delator da Odebrecht é um "enorme erro", já que as denúncias correspondem a uma época em que ele não disputava nenhuma eleição. "Fui eleito governador em 1998 e reeleito em 2002. Portanto em 2006 estava impedido de ser candidato a governador e não disputei nenhum cargo naquela eleição", disse. Ele ainda destacou que pede "reparação da injustiça cometida nesta denúncia".

Deputado Rodrigo Garcia (DEM-SP)

Diz que "jamais recebeu doação não contabilizada em suas campanhas eleitorais".

Deputado João Paulo Papa (PSDB/SP)

O deputado paulista afirma em nota possuir “mais de 30 anos de uma vida pública marcada por muito trabalho e absoluto respeito às leis em todos os cargos que exerci”. Ele afirma que “todos os recursos captados foram declarados conforme as leis vigentes; todas as minhas contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral, sem ressalvas”.

Deputado Fábio Faria (PSD-RN)

Em nota, Fábio Faria afirma que “como é dever de todo e qualquer homem público e com confiança nas instituições do nosso país, prestarei todos os esclarecimentos à Justiça e ao Ministério Público para provar minha inocência em relação às acusações ora apresentadas”.

OUTROS NOMES

Ministro do TCU Vital do Rêgo

O ministro do TCU alega que sua defesa ainda não teve acesso ao conteúdo do pedido de abertura de inquérito e que está à disposição das autoridades. Em nota, Vital do Rêgo diz ainda confiar que será comprovada a falta de relação entre ele e os fatos investigados.

DEMAIS POLÍTICOS

Eduardo Paes (PMDB-RJ), ex-prefeito do Rio de Janeiro

Paes afirma que é absurda e mentirosa a acusação de que teria recebido vantagens indevidas por obras relacionadas aos Jogos Olímpicos. Ele nega veementemente que tenha aceitado propina para facilitar ou beneficiar os interesses da empresa Odebrecht. E reitera que jamais aceitou qualquer contrapartida, de qualquer natureza, pela realização de obras ou projetos conduzidos no seu governo. Paes ressalta que nunca teve contas no exterior e que todos os recursos recebidos em sua campanha de reeleição foram devidamente declarados à Justiça Eleitoral.
 

Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP)

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso usou as redes sociais nesta quarta-feira, 12, para comentar a delação de Emílio Odebrecht. "Isso nunca chegou ao meu conhecimento, mas também não posso responder nada porque não conheço o texto do que realmente foi declarado e se houve alguma referência específica pelo senhor Emílio." O ex-presidente disse, ainda, que o Brasil precisa hoje de transparência. "A Lava Jato está colaborando no sentido de colocar as cartas na mesa. Vamos colocar as cartas na mesa", disse o tucano.

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP)

Em nota divulgada no início da noite desta quarta-feira (12), o advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin Martins, afirma que é “nítido que a Força Tarefa só obteve dos delatores acusações frívolas, pela ausência total de qualquer materialidade”. Martins prossegue dizendo que o que há no conteúdo das delações “são falas, suposições e ilações - e nenhuma prova” e que “as fantasiosas condutas a ele [Lula] atribuídas não configuram crime”. A nota também volta a afirmar que o ex-presidente é "vítima" de "arbitrariedades" praticadas pela operação Lava Jato, com o objetivo de "destruir sua trajetória". "Lula já foi submetido à privação da liberdade sem previsão legal; buscas e apreensões; interceptações telefônicas de suas conversas privadas e divulgação do material obtido; e levantamento dos sigilos bancário e fiscal, dentre outras medidas invasivas."

Ex-presidente Dilma Rousseff (PT-SP)

Em nota divulgada nesta quinta-feira, a presidente deposta Dilma Rousseff afirma que nunca pediu à Odebrecht recursos para a campanha e refuta as insinuações de tenha beneficiado a construtora. A nota diz ainda que “é fato notório que Dilma Rousseff nunca manteve relação de amizade ou de proximidade com o senhor Marcelo Odebrecht. Muitas vezes os pleitos da empresa não foram atendidos por decisões do governo, em respeito ao interesse público. Essa relação distante, e em certa medida conflituosa, ficou evidenciada em passagens do depoimento prestado pelo senhor Marcelo Odebrecht”. Ao final, a ex-presidente Dilma diz que “a verdade vai triunfar, apesar dos ataques”.

Ex-ministro Henrique Eduardo Alves

A defesa de Henrique Eduardo Alves repudia “veementemente as afirmações feitas pelo executivo da Odebrecht Márcio Faria em delação premiada, na qual aponta a sua participação em reunião ocorrida no dia 15 de julho de 2010 no escritório político do presidente Michel Temer, em São Paulo, com a presença deste, do então deputado Eduardo Cunha e do delator, ocasião em que teria tratado do pagamento de propina decorrente de contrato com a Petrobras”. Segundo a nota, Alves não estava presente no encontro e “jamais tratou do assunto mencionado e sequer conhece o indigitado delator”.

Ex-deputado Cândido Vaccarezza (antes PT, agora PTdoB)

O criminalista Marcellus Ferreira Pinto, que defende Vaccarezza, afirmou: "As obras do Parque da Cidade, vinculadas ao denominado Projeto BMX, foram executadas durante a gestão de Gilberto Kassab, à época filiado ao DEM, notório opositor da gestão do PT tanto na esfera municipal quanto na federal. Portanto, não seria concebível qualquer tipo de ingerência de Cândido Vaccarezza na gestão das obras realizadas pela Prefeitura de SP. Quanto ao suposto 'Evento 2014', as doações recebidas por Cândido Vaccarezza naquela eleição são públicas, estão sob apreciação no TSE e já houve manifestação do Ministério Público Federal Eleitoral por sua aprovação."

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