PF prende ex-secretário de Saúde de Cabral por suspeita de fraude em licitações
A Polícia Federal prendeu na manhã desta terça-feira (11) o ex-secretário estadual de Saúde do Rio Sérgio Côrtes, que comandou a pasta entre 2007 e 2013 na gestão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), e os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita. Eles são alvos da operação Fratura Exposta, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, que investiga prática de corrupção no sistema de saúde do Estado.
Iskin e Estellita são sócios na empresa Oscar Iskin, que, de acordo com a PF, era favorecida pelo ex-secretário de Saúde em contratos e licitações. Os mandados de prisão preventiva cumpridos nesta manhã foram expedidos pelo titular da 7ª Vara Criminal Federal, juiz Marcelo Bretas.
As investigações começaram há cerca de seis meses após denúncias de fraudes em licitações em próteses para o Into (Instituto Nacional de Traumatologia) na gestão de Sérgio Cabral, preso em novembro do ano passado na Operação Calicute, que também faz parte da Lava Jato.
Segundo delação de César Romero, ex-funcionário do Into e da Secretaria de Saúde, a Oscar Iskin teria sido favorecida mediante cobrança de propina.
O pagamento ilícito chegaria a 10% dos valores dos contratos. "Os servidores públicos envolvidos direcionavam licitações para beneficiar empresários investigados em troca do pagamento de propina no valor de 10% dos contratos", informou a PF, em nota.
Os presos serão indiciados por corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Além dos três mandados de prisão, a PF cumpre nesta manhã três mandados de condução coercitiva e 41 de busca e apreensão no Rio e nas cidades de Mangaratiba e Rio Bonito, na região da Costa Verde. Todos os investigados serão levados para a Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio, na zona portuária da cidade.
Outro lado
A defesa de Sérgio Côrtes disse, por meio de nota, que o ex-secretário "tem todo interesse em elucidar os fatos atribuídos a ele e que, no momento oportuno, provará sua inocência". Procurado pelo UOL, o advogado de Iskin, Alexandre Lopes, informou que "só vai se posicionar após ter acesso ao conteúdo das investigações e delações".
Os desdobramentos da Lava Jato também atingiram em cheio a cúpula do TCE (Tribunal de Contas do Estado). Foram presos cinco dos sete conselheiros do órgão, também investigados por cobrança de propina e desvios de contratos com órgãos públicos para agentes do Estado. (Com Estadão Conteúdo)
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