Depois de entrevistar Temer, Ratinho grava vídeo no Planalto defendendo reformas
O apresentador do SBT Carlos Roberto Massa, o Ratinho, gravou vídeo no Palácio do Planalto defendendo as reformas trabalhista e da Previdência propostas pelo governo federal.
Divulgado na noite desta sexta-feira (28) na conta oficial do presidente Michel Temer (PMDB) no Twitter, o vídeo foi feito após a gravação de entrevista exclusiva com o peemedebista para o "Programa do Ratinho", na quarta (26), que vai ao ar às 22h15 de hoje.
De acordo a emissora, Ratinho abordou diversos assuntos com Temer, mas os mais enfatizados foram justamente as duas reformas citadas por ele no vídeo do Planalto.
"O Brasil é um país poderoso. Ele se recupera muito rápido, muito fácil. Mas você tem que reformar. A reforma trabalhista, nós estamos muito atrasados com referência a outros países", declarou o apresentador.
"Se nós não fizermos as reformas, nós não vamos conseguir dar emprego, o país vai se afundar mais. Se você não fizer a reforma previdenciária, daqui a pouco nós não vamos conseguir mais aposentar ninguém", completou Ratinho.
Eu estava dizendo para o presidente Temer que ele vai ser conhecido como o presidente das reformas.
Na entrevista, Ratinho questionou o presidente se ele teme a Operação Lava Jato. "Zero. Eu não tenho preocupação nenhuma. Eu sempre digo vamos deixar a Lava Jato trabalhar em paz, vamos deixar o Ministério Público cumprir seu papel, o Judiciário cumprir seu papel e vamos continuar trabalhando”, respondeu Temer.
Greve geral
Aproximadamente uma hora antes da publicação do vídeo com Ratinho, Temer divulgou nota oficial comentando as manifestações ocorridas durante toda essa sexta. O texto, no entanto, não cita nenhuma vez a greve geral convocada por centrais sindicais em protesto contra as reformas em tramitação no Congresso e defendidas pelo presidente na nota.
"Infelizmente, pequenos grupos bloquearam rodovias e avenidas para impedir o direito de ir e vir do cidadão, que acabou impossibilitado de chegar ao seu local de trabalho ou de transitar livremente", diz a nota assinada pelo presidente, que foi alvo de protestos. Em Fortaleza, manifestantes levaram um boneco de Temer com dentes de vampiro.
Em São Paulo, onde ocorre o maior ato contra as reformas, manifestantes foram impedidos pela Polícia Militar de chegar perto da residência do presidente na cidade, no bairro de Alto de Pinheiros, com bombas de gás lacrimogêneo e tiros de bala de borracha.
Os organizadores estimaram que ao menos 70 mil pessoas participam da manifestação na capital paulista. "[É] a maior greve geral dos últimos 30 anos", declarou um dos organizadores dos protestos na capital paulista, Guilherme Boulos, líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).
No comunicado, o presidente defendeu a importância das reformas dizendo que "o trabalho em prol da modernização da legislação nacional continuará, com debate amplo e franco [...] no Congresso Nacional". Nesta semana, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei da reforma trabalhista, que segue agora para o Senado.
Temer também citou os confrontos entre policiais militares e manifestantes no Rio de Janeiro, classificando-os como "fatos isolados de violência", "lamentáveis e graves".
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