Lava Jato cria força-tarefa em SP para apurar casos que envolvem Lula, Haddad e metrô
A Operação Lava Jato contará com um braço de investigação em São Paulo a partir desta quinta-feira (20) para apurar supostos crimes cometidos por políticos e agentes públicos relatados por ex-executivos da Odebrecht. Se a Polícia Federal instaurar os inquéritos, o grupo atuará em casos que envolvem, entre outros, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e as obras da linha 2 do Metrô da capital.
O MPF-SP (Ministério Público Federal em São Paulo) já pediu à Polícia Federal a abertura de 14 inquéritos no Estado decorrentes das delações da Odebrecht. Caso sejam instaurados todos os inquéritos, caberá a nova força-tarefa investigar suposta atividade ilícita de 12 políticos dos partidos PT, PSDB e PSDC.
O desmembramento da operação terá como foco casos que o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), repassou para a Justiça Federal da capital.
O grupo recém-formado é composto por quatro procuradores da República: Thiago Lacerda Nobre, José Roberto Pimenta Oliveira, Anamara Osório Silva e Thaméa Danelon Valiengo. A força-tarefa se diferencia da conhecida estrutura existente em Curitiba, pois os procuradores de São Paulo não terão dedicação exclusiva à operação.
Veja quais são os 14 pedidos de inquérito:
- Vantagens indevidas não contabilizadas no valor de um milhão de reais no âmbito da campanha eleitoral do candidato Alexandre Padilha (PT) para o governo de São Paulo em 2014.
- Vantagens indevidas não contabilizadas no âmbito da campanha eleitoral do candidato a deputado federal pelo estado de São Paulo Edson Aparecido (PSDB) em 2010.
- Vantagens indevidas não contabilizadas no âmbito de campanha eleitoral de Fernando Haddad (PT) à Prefeitura de São Paulo.
- Vantagens indevidas não contabilizadas no valor de 30 mil reais no âmbito da campanha eleitoral do candidato Francisco Chaves em 2010.
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