Deputado flagrado pedindo "nude" diz que conversa não era sexual
O deputado federal Wladimir Costa (SD-PA) afirmou nesta quinta-feira (3) que a troca de mensagens com pedido de "nudes" durante a votação da denúncia contra o presidente da República, Michel Temer, não era uma conversa de cunho sexual.
As fotos feitas pelo fotógrafo Lula Marques e divulgadas ontem mostram conversa do deputado com interlocutor por aplicativo de mensagens do celular. Nas fotos tiradas durante a sessão, o deputado escreve para uma mulher pedindo que lhe envie fotos íntimas. "Mostra a tua bunda, mostra, afinal não são suas profissões que a destacam como mulher", pode-se ler na imagem.
Segundo o deputado, ele conversava com uma “profissional da imprensa” de fora de Brasília que insistia para que ele tirasse a camisa dentro do plenário e mostrasse a tatuagem feita no ombro direito com o escrito “Temer”, em homenagem ao presidente.“Somente antes de ontem ela pediu mais de 15 vezes, gente. Ontem foram mais de 20 vezes. ‘Deputado, tira a camisa’. Como é que vou tirar a camisa? Tenho que respeitar a família brasileira. Nós temos o decoro parlamentar, nós temos regras dentro da Câmara. E, mesmo que não houvesse regras, que determinam nosso comportamento, eu jamais chegaria a uma situação dessa sem limite”, argumentou.
Costa diz ainda que explicou à profissional que, para provar a sua competência como jornalista, outras profissionais não precisam mostrar “o bucho, o bumbum, as pernas”. De acordo com ele, o pedido para que mostrasse o corpo era se a suposta jornalista achasse que esse era o perfil a ser seguido.
Para ele, não houve um comportamento inadequado em plenário. “Nada [de errado]. O bumbum mais bonito que existe está lá em casa para eu ver, que é o da dona Amanda, minha esposa”, se defendeu, rindo.
Wladimir Costa afirmou que esteve com o presidente Michel Temer, pela manhã no Palácio do Planalto. O encontro aconteceu pouco mais de 12 horas após ficar ao lado dele durante o pronunciamento com a vitória obtida na Câmara. Embora tenha dito que se encontrou com Temer, a reunião não constava na agenda oficial do dia atualizada às 12h42 pela Presidência.
Costa diz que fará outra tatuagem em homenagem a Temer
O deputado ainda voltou a garantir que a tatuagem no ombro direito é permanente e não de hena, como afirmaram tatuadores ouvidos pelo UOL. Segundo os profissionais de Belém, base eleitoral do parlamentar, e de São Paulo, o desenho não parece ter sido feito em um estúdio.
O parlamentar apareceu com a tatuagem – uma bandeira do Brasil e o nome de Temer – desenhada no ombro direito no último sábado (29), em Salinópolis (PA), durante a entrega de caminhões de coleta de lixo.
Questionado pelo UOL sobre os borrões identificados no desenho e as suspeitas sobre sua veracidade, Costa disse que vai mandar consertar a parte que saiu errado porque “estava meio bêbado no dia já comemorando antecipadamente a vitória do Temer”.
“Eu me mexi e borrou um pouquinho. Mas já está consertadinho já”, explicou.
Costa também falou que se prepara para uma segunda tatuagem, agora na costela. Ela terá o desenho de uma foto de Michel Temer com o escrito “Temer, o maior estadista do Brasil”, afirmou.
“Está aqui linda e maravilhosa e um pouco dolorida, viu? Estou me preparando que tenho que fazer a outra aqui na costela que já é a foto dele. Colorida, bem bonita. Vai ser o rosto, uma gravura, sem a [primeira-dama] Marcela”, detalhou.
Pixuleco vítima de “Mike Tyson”
Nesta quarta, durante a apreciação da denúncia no plenário, Wladmir Costa levou dois pixulecos – bonecos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com roupa de presidiário – e ficou batendo um no outro para fazer barulho.
Em determinado momento, em meio a um princípio de confusão, o deputado Paulo Teixeira (PT- SP) pegou um dos pixulecos e tentou rasgar a orelha dele com os dentes. O nome de “Mike Tyson” foi logo dado ao petista em referência ao boxeador norte-americano que rasgou a orelha de um oponente durante uma luta.
Wladimir Costa falou que levou pixulecos “reservas” para a Câmara sabendo que a oposição “iria para cima”.
“Eles estavam lá com aquelas caixas com um monte de cédulas [levadas, na verdade, pela bancada do PSOL]. O pessoal do PT adora manifestar, fazer aquele oba-oba, mas quando ele encontra alguém para ir para o contraditório, para repelir, o que fazem? Ficam enlouquecidos. Mas foi legal”, disse.
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