Em vídeo, Gilmar Mendes é hostilizado por brasileiras em Portugal
Em vídeo que circula desde a noite deste sábado (13) nas redes sociais, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes é hostilizado por ao menos duas brasileiras enquanto andava por Lisboa, capital de Portugal, onde mantém residência.
A data do episódio ainda não foi confirmada. Procurada pelo UOL, a assessoria de Gilmar Mendes informou que o ministro não irá se manifestar.
No vídeo, duas mulheres reconhecem o ministro em uma rua do Chiado, bairro turístico tradicional de Lisboa. Elas começam a criticar Gilmar Mendes e a dizer que ele é uma “vergonha”.
“O senhor é de uma injustiça imensurável. Inclusive, que o senhor deve estar querendo se disfarçar aqui, né? Andando como um dos comuns dos mortais e coisa que não é. O senhor não tem vergonha do que o senhor faz pelo país?”, pergunta.
Ao fundo, pode-se escutar outra mulher falando “[...] faz tanto mal para o Brasil. O senhor não tem vergonha na cara?”. O ministro não rebate as críticas e tenta se afastar das brasileiras, sem sucesso.
Elas afirmam ter visto Gilmar “de longe”. Uma diz: ”A sua cara ninguém consegue esquecer, entendeu? Isso é o fim do mundo”. Ao mesmo tempo, a outra afirma “A gente pede para Deus levar o senhor para o inferno”.
O ministro fala para si mesmo “Ai, meu Deus do céu” com um leve sorriso no rosto e continua tentando se afastar das brasileiras.
O STF está de recesso desde 20 de dezembro e volta a trabalhar normalmente em 1º de fevereiro. Enquanto isso, os processos são recebidos por meio eletrônico e os casos mais urgentes são analisados pela presidente do tribunal, ministra Cármen Lúcia, de plantão em Brasília.
Gilmar Mendes costuma viajar com frequência com a família para Portugal e promover eventos do IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público) no país em parceria com universidades e outras entidades portuguesas.
Decisões polêmicas
Nos últimos meses, decisões de Gilmar Mendes se tornaram motivo de discussão e causaram polêmica na opinião pública. Por exemplo, em dezembro, em menos de 24 horas, o ministro tomou cinco decisões que se tornaram alvo de protestos.
Às vésperas do recesso do STF, o magistrado concedeu prisão domiciliar para a advogada e mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo, criticou delação premiada, suspendeu investigação, vetou o uso da condução coercitiva e ainda bateu boca com colega da Corte.
O ministro sempre negou qualquer motivação política, já afirmou que juízes devem "nadar contra a corrente" para garantir direitos fundamentais, inclusive a presos e investigados, e que ser aplaudido por manter suspeitos na cadeia não é fazer um bom trabalho. Para ele, aqueles que criticam as decisões favoráveis a investigados esquecem que podem, eventualmente, estar um dia no papel de alvo das investigações.
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