Padilha pede celeridade ao STF para que caso Cristiane Brasil não se repita com outros ministros
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), pediu nesta segunda-feira (5) celeridade ao STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento da posse da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) como ministra do Trabalho. Segundo ele, a indefinição pode vir a permitir que pessoas contestem a nomeação de novos ministros nos próximos meses.
O Palácio do Planalto tem pressa para que o STF decida sobre o caso porque a expectativa é que pelo menos 13 dos atuais ministros peçam para sair dos cargos em abril para que possam se candidatar nas eleições de outubro deste ano a cargos executivos ou legislativos.
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“Nós gostaríamos que isso acontecesse com a maior brevidade possível, seja por uma decisão [desfavorável], seja por outra decisão [favorável]. [...] Nós agora estamos muito devotados a ter a decisão judicial, porque nós não queremos abrir precedentes de que agora qualquer nomeação de ministro possa vir a ser contestada, a decisão política do presidente da República em nomear ou nomear determinado ministro”, falou após solenidade de abertura do ano legislativo no Congresso Nacional.
A portaria com a escolha de Cristiane Brasil para o ministério foi publicada em 3 de janeiro e, teoricamente, teria vencido no último sábado (3 de fevereiro). Segundo Padilha, porém, a nomeação é válida por 30 dias renováveis pelo mesmo período e, portanto, continua valendo.
Sobre os desgastes de imagem sofridos por Cristiane Brasil nas últimas semanas - como o vídeo da lancha, a investigação em inquérito por associação ao tráfico de drogas e o áudio em que supostamente pede apoio eleitoral a servidores da Prefeitura do Rio de Janeiro em 2014 -, Padilha afirmou ser uma questão que diz respeito ao PTB.
Nesta terça (6), o partido deve se reunir para tratar da questão e decidir se indicará um novo nome ao posto. A indicação de Cristiane Brasil foi feita pelo pai dela, Roberto Jefferson (RJ), presidente do PTB.
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