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Após saída da liderança do governo, Jucá diz não ter virado oposição

O senador e ex-líder do governo na Casa, Romero Jucá (MDB-RR) - Reprodução/Sérgio Lima/Poder360
O senador e ex-líder do governo na Casa, Romero Jucá (MDB-RR) Imagem: Reprodução/Sérgio Lima/Poder360

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

28/08/2018 16h53

O senador Romero Jucá (MDB-RR) afirmou nesta terça-feira (28) não ter virado oposição ao presidente Michel Temer (MDB), embora tenha deixado a liderança do governo no Senado nesta segunda (27). A declaração foi feita em postagem no Twitter.

O novo senador que ocupará a função de defender os interesses do governo na Casa ainda não foi anunciado pelo Palácio do Planalto.

Ontem, Jucá foi ao Planalto comunicar a Temer a decisão. Oficialmente, ele argumentou que tomou a decisão por "discordar" da maneira como a questão da entrada de venezuelanos em Roraima vem sendo tratada pelo governo federal.

Jucá é candidato à reeleição ao cargo de senador pelo estado de Roraima nas eleições deste ano. Pesquisa Ibope divulgada no último dia 18 aponta que ele tem 25% das intenções de voto, tecnicamente empatado com Angela Portela (PDT), com 30%, e Mecias de Jesus (PRB), que aparece com 26%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Apesar de não estar em colocação confortável nas pesquisas, Jucá negou que sua saída tenha alguma ligação com a disputa eleitoral. "Essa questão não é uma questão eleitoral. Depois da eleição esse assunto vai se agravar ainda mais. Será uma posição para o restante do governo Michel Temer e para o novo presidente. E eu quero estar com uma posição firme, livre de amarras, para poder defender aquilo que eu penso", afirmou em entrevista coletiva concedida a jornalistas em Brasília após o encontro com Temer.

Questionado se sua ação seria uma tentativa de se "descolar" da imagem de Temer – cuja gestão é considerada ruim ou péssima por 73% dos brasileiros, segundo pesquisa Datafolha – Jucá voltou a negar: "Temer não tira um voto em Roraima".

O senador já tinha ressaltado que sua saída da liderança não representa um rompimento com o governo e afirmou que permanece no cargo de presidente do MDB.