Estou tomando as palavras dele por enquanto, diz Mourão sobre F. Bolsonaro
Ao ser questionado sobre as movimentações atípicas de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e senador eleito, em entrevista à rádio Gaúcha, presidente em exercício, general Antônio Hamilton Mourão (PRTB), afirmou na manhã desta segunda-feira (21), estar "tomando a palavra dele, por enquanto".
"O Flávio tem procurado justificar os achados que foram feitos nas contas dele e do assessor dele. Eu estou tomando a palavra dele, por enquanto", declarou em entrevista à rádio Gaúcha.
Questionado se a demora nas explicações do caso lhe causa constrangimento, ele negou por avaliar que a questão não é um "ato de governo" nem Flávio pertence ao governo. "Trata-se apenas, óbvio, de um filho de um presidente. Isso cria algum problema familiar, mas não para o governo", disse.
"Nós temos que aguardar o desenrolar desse processo. Eu acho que, para o governo, não chega nele, apesar do sobrenome e do senador. Agora o senador é que está exposto na mídia realmente e o Flávio é uma pessoa muito boa, eu gosto muito dele", complementou.
Ao sair do Planalto para almoçar no Jaburu, Mourão foi questionado novamente sobre o caso de Flávio Bolsonaro, mas respondeu já ter explicado o assunto. "Esse assunto não comento mais. Não vem para cima do governo. É um problema do Flávio. O Flávio vai resolver isso aí", defendeu.
Neste final de semana, novas denúncias de irregularidades envolveram o nome de Flávio Bolsonaro. O senador deu entrevistas a canais de TV para negar a existência de irregularidades de transações em sua conta bancária detectadas como atípicas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Ele atribuiu as movimentações à compra e venda de um apartamento e a operações envolvendo uma empresa de sua propriedade.
Nas entrevistas veiculadas pela Record TV e pela RedeTV!, Flávio deu a mesma versão sobre o pagamento de um título bancário de R$ 1.016.839, emitido pela Caixa Econômica Federal, sem indicar o favorecido; e sobre os 48 depósitos em dinheiro, totalizando R$ 96.000, que recebeu em sua conta entre junho e julho de 2017.
Segundo o parlamentar, o título bancário se refere à quitação de uma operação entre a Caixa Econômica Federal e a construtora PDG, relativa ao financiamento de um imóvel na zona sul do Rio.
"É um contrato com a Caixa Econômica Federal, e não é nada mais que o seguinte: é um apartamento que eu comprei na planta. Quando você compra um apartamento na planta, o financiamento fica com a construtora. Quando sai o habite-se, que é quando a Caixa pode fazer o financiamento, você busca a Caixa, que tem juro menor. Paga sua dívida com a construtora, eu deixo de ser devedor com a construtora e passo a ser devedor da Caixa. Então, quem pagou, quem fez essa operação foi a Caixa Econômica."
Já o dinheiro dos depósitos fracionados seria oriundo de parte do pagamento pela venda deste mesmo imóvel e de sua empresa. "É o meu dinheiro depositado na minha própria conta", afirmou.
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