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Maia defende eleição secreta para governo não "marcar voto de deputado"

1.fev.2019 - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), momentos antes da cerimônia de posse dos parlamentares - Pedro Ladeira/Folhapress
1.fev.2019 - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), momentos antes da cerimônia de posse dos parlamentares Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Guilherme Mazieiro

Do UOL, em Brasília

01/02/2019 18h21

O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) defendeu publicamente a votação secreta para o Congresso para que a escolha dos deputados e senadores não fique "marcada pelo governo". Maia foi duas vezes presidente da Câmara e, nesta sexta-feira (1º), é o favorito para vencer a eleição.

"O Congresso não é um puxadinho do Executivo. Então quando a gente abre o voto, o governo marca o voto de cada deputado e cada senador", disse momentos antes do início da eleição. 

Maia considerou que o voto aberto tira a independência do Parlamento. Durante a tarde desta sexta-feira, os candidatos do Senado se articulam para tentar fazer com que a eleição do presidente do Congresso seja aberta, a estratégia é uma tentativa de enfraquecer Renan Calheiros (MDB-AL), que tenta o cargo pela 5ª vez.

"É por isso que eu, sem nenhum envolvimento no Senado ... na minha opinião o voto secreto não é nem regimental, ele é constitucional", disse Maia.

Maia ainda considerou que o voto aberto o favoreceria, uma vez que montou um grupo de apoio com cerca de 400 deputados. Ele entende que os deputados ficariam constrangidos de não seguir a orientação partidária.

"Mas as pessoas passam e as instituições ficam. O voto aberto, hoje, me beneficiaria. Mas o que garante a independência desse Poder com aquele que tá do outro lado da rua é o voto secreto", disse em referência ao Executivo.