Brumadinho e slogan de Bolsonaro: senadores quebram protocolo na posse
Os 54 novos senadores eleitos tomaram posse em sessão no plenário do Senado na tarde desta sexta-feira (1º) e, ao fazerem os juramentos, citaram desde o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) até o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
A sessão estava marcada para as 15h, mas começou com pouco mais de meia hora de atraso. Os senadores fizeram o juramento individual na ordem da criação dos estados brasileiros, com início pela Bahia e término pelo Amapá.
Cada parlamentar tinha que falar "assim, o prometo". A maioria citou os respectivos estados e acrescentou uma frase a mais ao juramento. Em geral, relacionada ao seu eleitorado.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) escolheu relembrar a tragédia ocorrida em Brumadinho na semana passada e falou ao microfone "Em defesa da vida e contra os 'Brumadinhos', assim eu prometo". Os senadores eleitos por Minas Gerais não citaram o desastre.
Um dos maiores apoiadores de Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral do ano passado, Major Olímpio (PSL-SP) escolheu citar o slogan do atual presidente. "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos. Assim o prometo", falou.
Um dos filhos de Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), por sua vez, foi mais econômico na fala e apenas repetiu "assim o prometo".
A ex-jogadora de vôlei Leila Barros (PSB-DF) exaltou o esporte e disse "em nome de todos os brasilienses e em nome de todos os brasileiros ao qual [sic] eu representei em todas as quadras do mundo afora, assim o prometo".
O ex-jornalista Jorge Kajuru (PSB-GO) declarou: "Em nome da minha gratidão eterna ao estado de Goiás e ao amor sincero ao Brasil, eu não só prometo, eu cumpro".
A senadora Eliziane Gama (PPS-MA) citou as minorias em seu juramento. "Em nome do Maranhão e de todas as minorias do Brasil, assim eu prometo", disse.
Senadores escolherão presidente da Casa
Às 18h está marcada outra sessão para a eleição da Presidência do Senado. Os senadores elegerão, entre seus pares, quem comandará a Casa e o Congresso Nacional pelos próximos dois anos. Os favoritos para a disputa são Renan Calheiros (MDB-AL) e Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Uma terceira sessão, que pode não acontecer nesta sexta a depender do andamento dos trabalhos, terá como objetivo eleger os senadores que ocuparão os demais cargos da Mesa - dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes de secretários.
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