Lula participou de negociação por saída e terá 1h30 com família em velório
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá direito a passar uma hora e 30 minutos com sua família durante o velório do seu neto Arthur, de 7 anos. O período de permanência do ex-presidente na cerimônia no Jardim das Colinas, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, foi definido num acordo feito com autoridades para que Lula pudesse deixar a prisão.
A informação foi divulgada neste sábado (2) por Rosane Silva, que integra o diretório nacional do Partido dos Trabalhadores e é uma das coordenadoras da vigília realizada por militantes na frente da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. É lá que Lula está preso desde abril do ano passado.
Rosane disse que o próprio presidente participou da negociação dos termos para que ele deixasse a prisão para o velório do neto.
"Em toda negociação, o advogado sempre consulta o ex-presidente. Afinal, ele é o cliente. Então, o presidente [Lula], a presidente [do PT], Gleisi Hoffmann, participaram", disse ela. "[O período da visita] Foi parte da negociação. Como ele tinha direito de ficar uma hora e 30 minutos com o filho, isso também foi avaliado."
Segundo Rosane, por conta da duração da visita de Lula à família, não está garantida a presença dele na cremação de Arthur. A cerimônia está marcada para as 12h. Este é exatamente o horário que Lula terá que deixar São Bernardo do Campo e iniciar sua viagem de volta a Curitiba.
Rosane disse também Lula está muito triste. Advogados que estiveram com o ex-presidente, assim como a deputada federal Gleisi Hoffmann, disseram que ele chorou muito após receber a notícia do falecimento do neto. Todos os visitantes deixaram a sede da PF no início da noite de ontem. Lula, então, passou a noite sozinho em sua cela, vigiado pelo carcereiro.
Rosane também afirmou que a militância do partido está mobilizada para prestar solidariedade a Lula. Caravanas de integrantes do partido estão viajando para Curitiba para que, durante a tarde, quando o ex-presidente voltar a prisão, um ato seja realizado.
Segundo ela, entretanto, todos foram orientados a guardar silêncio em homenagem ao ex-presidente. "A gente tem pedido solidariedade porque o ex-presidente tem passado por uma dor profunda. Às vezes, nesse momento de dor, o que a gente mais quer é silêncio."
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