As brigas entre Carlos Bolsonaro e Mourão em 7 pontos
O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), deu início ontem a uma nova rodada de ataques ao vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB).
Em dois dias, até a tarde de hoje, Carlos publicou 17 tuítes contra Mourão. Em vez de insinuações, o vereador passou a acusar diretamente o vice de estar contra seu pai.
A ofensiva coincide com a escalada na crise entre o escritor Olavo de Carvalho, guru da família Bolsonaro, e Mourão.
O presidente precisou entrar em cena e usou o porta-voz, general Otávio do Rêgo Barros, para tentar debelar a crise ontem. Mas Carlos Bolsonaro não parece disposto a arrefecer os ataques.
Hoje, Carlos retuitou um post que trazia um comentário de Caio Coppola para a rádio Jovem Pan. Segundo ele, "fontes no Palácio do Planalto disseram que poucas vezes detectaram tanta ambição presidencial em alguém como no vice-presidente Mourão".
Depois, compartilhou um vídeo intitulado "General Mourão: o traidor?" e disse que o "vice contraria ministros e agenda que elegeu Bolsonaro presidente".
Mais cedo, Carlos negou que esteja "reclamando do vice só agora". "São apenas fatos que já aconteceram e gostaria de continuar compartilhando", escreveu.
Em entrevista publicada no jornal O Estado de S. Paulo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), saiu em defesa do irmão e disse que ele está "apenas reagindo a isso tudo que salta aos olhos".
As rusgas entre Carlos Bolsonaro e Mourão não são novidade e começaram ainda na campanha eleitoral. Relembre a seguir os principais pontos da briga entre o vice-presidente e o filho 02 de Bolsonaro.
1. Campanha eleitoral
Após Bolsonaro ser esfaqueado durante um ato em Juiz de Fora (MG), Mourão tentou ocupar espaço na campanha e quis participar dos debates. A ação irritou o clã Bolsonaro, que encarou a atitude como um protagonismo excessivo do então candidato a vice e barrou a ideia.
O mal-estar da campanha foi relembrado por Carlos Bolsonaro ontem. No Twitter, o filho do presidente se referiu ao vice-presidente como "o tal de Mourão" e o acusou de dizer que a facada era uma "vitimização."
O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.
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