Em última fala como presidente do PSDB, Alckmin dispara contra Bolsonaro
O ex-presidenciável e ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) deixou o comando do PSDB disparando críticas a Jair Bolsonaro (PSL) e disse que é o momento de ter "coragem de criticar e pôr o dedo na ferida".
O tucano equiparou o bolsonarismo ao petismo e classificou ambos como "grandes mentiras", além de cobrar a falta de projetos e reclamar do decreto de armas.
Nós não temos duas verdades, a extrema direita e a extrema esquerda. Nós temos duas grandes mentiras. O petismo e o bolsonarismo.
Geraldo Alckmin, ex-governador de SP
Este foi o último discurso de Alckmin antes de entregar a presidência da sigla a Bruno Araújo, aliado do governador de São Paulo, João Doria.
Ao contrário do tom morno tradicional que empregava nos discursos, Alckmin subiu o tom de voz. Em alguns momentos, o discurso inflamando fez sua voz soar rouca.
"Tenha a minha solidariedade, Rodrigo Maia, desses oportunistas políticos, por 30 anos. Ele e a família inteira. E numa deslealdade vem atacar a vida dos homens públicos. Jogando a sociedade contra as suas instituições", declarou Alckmin, que atualmente não exerce cargos públicos.
O tucano fazia referência ao presidente da Câmara, que o apoiou nas eleições presidenciais. Desde o início da gestão Bolsonaro, Maia foi alvo de ataques de Carlos Bolsonaro, filho do presidente, e de apoiadores do presidente da República.
O tucano ainda criticou decreto que flexibilizou acesso a armas e lembrou que o país teve 64 mil assassinatos no ano passado.
"Querer aumentar a distribuição de armas é uma irresponsabilidade. Em vez de lutar pela polícia de fronteira para evitar tráfico de drogas e armas, distribui armas de maneira irresponsável", disse.
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