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Equipe da Aeronáutica vai interrogar sargento preso com cocaína na Espanha

O segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, preso em Sevilla - Reprodução Rede Social
O segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, preso em Sevilla Imagem: Reprodução Rede Social

Guilherme Mazieiro

DO UOL, em Brasília

02/07/2019 13h49Atualizada em 02/07/2019 14h33

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou hoje que deve enviar uma equipe de militares para interrogar o sargento preso com 39 kg de cocaína na Espanha. A declaração foi dada após um almoço entre o presidente, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e comandantes das Forças Armadas, entre eles, da FAB (Força Aérea Brasileira).

"Esse assunto foi tratado. O comandante [Antonio Carlos Moretti] Bermudez [da FAB] instaurou IPM [inquérito]. Outras investigações estão sendo feitas. Estamos fornecendo informações à polícia da Espanha. Ele pretende [enviar] uma equipe nossa o mais breve possível para ouvir o sargento lá", disse.

Segundo Bolsonaro a intenção é esclarecer o caso de tráfico internacional. O presidente não deu detalhes de quando a equipe irá à Espanha e nem quem integrará o grupo.

"Temos a suspeita de que não é a primeira vez que ele mexeu com drogas, tendo em vista a quantidade. E investigações a que tive acesso estão indo a contento", disse Bolsonaro após a reunião.

O sargento Manoel Silva Rodrigues foi detido em Sevilha no último dia 25 com a droga. Ele integrava a comitiva de militares que acompanhou o presidente durante deslocamento até o Japão, onde participaram de encontro do G20.

A cocaína estava embalada em 37 pacotes escondidos em uma maleta. Na Espanha, ele pode responder por crime contra a saúde pública.

Militar é preso com 39 kg de cocaína em avião da FAB

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Bolsonaro evita falar do filho

Pela segunda vez nesta terça-feira, Bolsonaro terminou uma entrevista coletiva ao ser perguntado sobre postagens feitas pelo seu filho Carlos Bolsonaro. O vereador carioca relacionou o caso da droga apreendida na Espanha ao ministro Augusto Heleno.

No ataque indireto ao chefe do GSI (Gabinete de Segurança Interna), Augusto Heleno, Carlos disse que não anda com seguranças oferecidos pelo GSI porque não acredita na pessoa a quem eles estão subordinados.

"Por que acha que não ando com seguranças? Principalmente aqueles oferecidos pelo GSI? Sua grande maioria podem [sic] ser até homens bem-intencionados e acredito que seja, mas estão subordinados a algo que não acredito. Tenho gritado em vão há meses internamente e infelizmente sou ignorado", escreveu Carlos.

O ministro Augusto Heleno acompanhou o almoço com Bolsonaro e estava próximo ao presidente durante a coletiva. Ele foi abordado pela imprensa para comentar o assunto e também evitou: "Eu não", disse.