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Dão muita importância, diz Flávio Bolsonaro sobre declarações de Carlos

Potencializam aquilo que ele coloca, que é opinião dele, diz Flávio sobre repercussão de declarações do irmão Carlos - Marcos Oliveira/Agência Senado
Potencializam aquilo que ele coloca, que é opinião dele, diz Flávio sobre repercussão de declarações do irmão Carlos Imagem: Marcos Oliveira/Agência Senado

Do UOL, em Brasília

04/07/2019 11h55

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), afirmou em entrevista à revista Época que o pai não é "pautado" pelos filhos e que "a decisão é sempre do presidente".

Para o senador, tem sido exagerada a influência no governo atribuída ao irmão Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro.

"A decisão é sempre do presidente da República. Ele não ouve só o Carlos, só o Flávio. Ele ouve todo mundo e forma o juízo de valor. Vai falar que Jair Bolsonaro é pautado pelos filhos? Não é. Ele ouve todo mundo e toma suas decisões com muita tranquilidade", disse Flávio.

Ele disse não ver como um fator de desestabilização as opiniões públicas de Carlos sobre o governo, emitidas quase sempre pelas redes sociais.

"Não acho que desestabiliza o governo, não. Acho que dão muita importância, potencializam aquilo que ele coloca, que é opinião dele", afirmou o senador.

Nesta semana, Carlos Bolsonaro criticou o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), comandado pelo general Augusto Heleno, por causa do episódio do sargento da FAB preso com 39 kg de cocaína, ironizou a promoção do filho do vice-presidente, Hamilton Mourão, no Banco do Brasil e rebateu críticas do general da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva, membro da Comissão de Anistia do governo federal.

Na entrevista dada à Época, Flávio elogia Mourão, que já foi alvo de comentários críticos de Carlos no Twitter.

"O Mourão é uma pessoa superqualificada, da total confiança do presidente. Às vezes ele fala alguma coisa ali, também dá as caneladas dele, pode ter de repente uma opinião diferente, mas a palavra final é sempre do presidente, e ele sabe da situação de subordinação", disse Flávio.

"O Carlos tem as avaliações dele. É a opinião dele. O meu estilo, o meu jeito, quando tenho alguma desavença, não é fazer nenhuma discussão pública. Prefiro conversar, ouvir as pessoas para formar um juízo de valor. Ele (Carlos) é mais explosivo", afirmou o senador.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.