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DJ suspeito de hackear Moro é transferido; advogado nega delação

Gustavo Henrique Elias Santos, 28, o DJ Guto Dubra, preso sob suspeita de ter hackeado o celular do ministro Sergio Moro  - Reprodução
Gustavo Henrique Elias Santos, 28, o DJ Guto Dubra, preso sob suspeita de ter hackeado o celular do ministro Sergio Moro Imagem: Reprodução

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

25/07/2019 18h26

O advogado do DJ Gustavo Elias Santos afirmou hoje que seu cliente não negocia um acordo de delação premiada e que outro suspeito preso teria isentado Elias Santos de envolvimento no ataque hacker ao celular do ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) e de outras autoridades públicas.

Elias Santos foi transferido hoje da sala da Polícia Federal (PF) no aeroporto de Brasília para a Superintendência da PF, também na capital federal.

O defensor Ariovaldo Moreira, que representa Elias Santos e Suelen Oliveira, mulher do DJ, diz que seus clientes vão conseguir provar sua inocência sob as suspeitas de envolvimento na tentativa de invasão aos aparelhos do ministro Sergio Moro e de outras autoridades. Eles e outras duas pessoas foram presas ontem.

"Pelo menos por parte dos meus clientes eu garanto aos senhores que não tem nenhuma possibilidade de delação", disse Moreira, ao deixar a Superintendência da PF na tarde de hoje.

Segundo Moreira, o investigado Walter Delgatti Neto, apelidado de "Vermelho", teria dito em depoimento que Elias Santos e Suelen não tiveram relação com as invasões aos celulares de autoridades.

"O pouco que eu sei do depoimento do Walter é que ele isenta qualquer pessoa de responsabilidade. Qualquer pessoa [entre] as aqui presas", disse Moreira.

Delgatti Neto teria assumido a invasão ao celular do procurador Deltan Dallagnol, da força-tarefa da Lava Jato, segundo pessoas com conhecimento das investigações. O inquérito que levou à prisão dele e dos outros três, porém, se refere às suspeitas de hackeamento contra Moro, o desembargador Abel Gomes, do TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), e delegados da PF.