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Presidente do PSDB afasta BolsoDoria e diz que Planalto "choca civilizados"

O presidente do PSDB, Bruno Araújo, afirma que Doria vem adotando posição crítica a Bolsonaro - Iwi Onodera/UOL
O presidente do PSDB, Bruno Araújo, afirma que Doria vem adotando posição crítica a Bolsonaro Imagem: Iwi Onodera/UOL

Wellington Ramalhoso

Do UOL, em São Paulo

13/08/2019 04h00

O governo Jair Bolsonaro (PSL) é um desafio para a nova versão do PSDB. Aliado do governador de São Paulo, João Doria, o presidente do partido, Bruno Araújo, comanda uma renovação e procura reiterar que a legenda passou a adotar posições firmes, tentando acabar com a fama dos tucanos de "ficar em cima do muro" diante de questões importantes.

Eleito no fim de maio, Araújo já trocou farpas com o ministro da Economia embora o partido apoie a reforma da Previdência e se alinhe com o liberalismo econômico defendido por Paulo Guedes. Ainda na área econômica, o tucano critica o governo Bolsonaro por avaliar que o Planalto não possui uma agenda com políticas de geração de emprego.

O dirigente do PSDB reprova declarações de Bolsonaro e diz que o presidente do país tem atitudes que "chocam o mundo civilizado". Araújo discorda da avaliação de que o governador Doria, que tenta pavimentar sua candidatura a presidente em 2022, esteja com a imagem associada a Bolsonaro em função da proximidade entre ambos nas eleições de 2018.

Ex-deputado federal e ex-ministro das Cidades, o tucano também comenta nesta entrevista ao UOL a situação do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), que é réu por acusação de corrupção e obstrução de Justiça e pode ser expulso da legenda, e os planos do partido para as eleições municipais do ano que vem.

UOL - Com o sr. na presidência, que rumo o PSDB está tomando?

Bruno Araújo - De ter clareza nas suas posições em relação aos temas da vida pública nacional. O PSDB vai continuar onde sempre esteve, trabalhando pelo respeito às instituições, apoiador da livre iniciativa, sempre tendo a compreensão de que o Estado é responsável e é instrumento para a redução de desigualdades sociais, de políticas públicas que diminuam desigualdades regionais e enfrentando os extremismos, seja mais à esquerda sejam atitudes anticivilizatórias, intolerância em qualquer outro campo.

Como está o processo de implantação do Código de Ética e da Comissão de Ética do partido?

A Comissão de Ética já existia. O Código de Ética é o primeiro que se tem notícias no hemisfério sul. Ele foi resultado de uma alteração na última convenção nacional do partido. Estamos cumprindo a parte burocrática de registro em cartório, como determina a lei dos partidos políticos, a anotação no Tribunal Superior Eleitoral.

Já tem uma definição de que casos vão ser tratados?

Tem dois casos que serão discutidos pela Comissão de Ética. Um será a sanção à deputada Tereza Nelma, do PSDB de Alagoas, proposta a pena de durante 12 meses ficar afastada dos órgãos de direção do PSDB. A deputada Tereza Nelma foi o único voto que desobedeceu o fechamento de questão do PSDB na votação da Previdência. E uma representação do PSDB da cidade de São Paulo contra o deputado Aécio Neves, que depois de analisada a admissibilidade deve seguir para a Comissão de Ética do partido.

Qual é a situação do deputado Aécio, que enfrenta um pedido de expulsão?

O deputado Aécio vai ter de todos nós, de modo especial da minha parte, todo o respeito por sua história, sua importância no partido, e o exercício de todo o seu amplo direito de defesa. E o Conselho de Ética vai, mediante as normas que foram especificadas e elaboradas na última convenção, tomar uma decisão baseada nos dispositivos do Código de Ética.

Em quanto tempo o sr. acha que o caso dele pode ser analisado?

A Comissão de Ética tem sua absoluta autonomia designada pelo estatuto. Vai ser presidida pelo ex-deputado federal, ex-vice-governador do Espírito Santo Cesar Colnago, um filiado respeitado, experiente, e [ele] terá autonomia de presidir esse processo tanto do ponto de vista temporal quanto à forma e o processo com que ele deva seguir.

Ainda em relação a Aécio Neves, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, afirmou que "é ele ou eu" no PSDB. O que o sr. pretende fazer para evitar uma divisão maior no partido diante deste caso?

Acho que o partido só tem um jeito de curar suas feridas: é tratando as questões. São assuntos que vão ser tratados sempre que provocados e respeitando as regras institucionalizadas e ouvindo todas as considerações de quem representa contra e de quem precisa se defender. A melhor forma de decidir toda e qualquer questão é colocando na mesa e tomando a decisão. E o PSDB vai viver uma fase de tomar decisões. E as decisões que forem tomadas e discutidas internamente, respeitando o ambiente democrático do partido, vão ser acatadas.

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O governador de São Paulo, João Doria, já disse que o PSDB precisa sair de cima do muro. No entanto, ele afirma agora que o PSDB não deve fazer oposição ao governo Bolsonaro, embora parlamentares tucanos sejam favoráveis a que o PSDB se coloque mais claramente como oposição. Tem aí um resquício de "ficar em cima do muro" nesse posicionamento do governador Doria?

Não. Primeiro temos a compreensão de que os governadores por mais que tenham a sua opinião precisam sempre ter uma relação muito mais cuidadosa porque têm responsabilidade com milhões do estado que governam e é uma relação institucional sempre importante a se preservar. Mas eu diria que o PSDB vai ser oposição sim nas questões que envolverem posicionamentos autoritários, não civilizados e que não respeitem as instituições. O PSDB terá uma posição firme de oposição.

Mas o governo não terá aliado maior do que o PSDB sempre que a pauta for de desenvolver a economia, gerar emprego e aumentar a renda da população, a exemplo, apesar do governo, da reforma da Previdência, que teve um envolvimento especial do Congresso Nacional, liderado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e que teve no PSDB o principal protagonista no texto como relator da matérias nas duas casas -- na Câmara e no Senado.

No que se refere à economia moderna, liberdade econômica, estímulo à livre iniciativa, o governo Bolsonaro vai ter talvez [no PSDB] o mais importante aliado. E no que se refere a situações que geram um grau de preocupação de civilidade, vai ter um enfrentamento de oposição como poucos.

Quando o sr. fala sobre aspectos não civilizatórios do governo Bolsonaro, a que o sr. se refere exatamente?

Expressões como rotular uma região com um nome pejorativo, utilizando de forma pejorativa um nome de estado [referência ao dia em que Bolsonaro chamou nordestinos de "paraíbas"], dizer como vai explicar ao presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) como o pai foi morto [referência a declarações sobre Fernando Santa Cruz, pai de Felipe Santa Cruz]. Atitudes como esta chocam o mundo civilizado e contra isso o PSDB sempre vai falar com muita firmeza.

O PSDB pretende agir contra atitudes do presidente Bolsonaro e decisões do governo que possam soar autoritárias?

Em relação a posições que são opiniões e soam como autoritárias ou intolerantes o que cabe ao PSDB é criar o contraponto e discordar. Se alguma passa da linha de opinião e entra numa fronteira de algo com um nível de preconceito previsto na legislação penal, aí não é só o PSDB. Aí há todos os instrumentos das instituições.

O governador João Doria fez bem ao surfar na onda Bolsonaro na eleição passada? Falou-se muito no voto BolsoDoria no estado de São Paulo em 2018. Como se descolar da imagem de Bolsonaro agora?

A questão não é associação à pessoa, é associação a ideias. Havia naquela eleição, em relação ao enfrentamento com o PT, Bolsonaro representando tudo o que combatíamos e o que a maioria da população de São Paulo abomina, que foram as gestões do PT.

Então, é uma relação mútua que do ponto de vista eleitoral tinha absoluta conexão com aquele momento. Mas o governador Doria já reagiu por mais de uma vez em posicionamentos extremos do presidente Bolsonaro.

Ninguém está numa corrida de quanto associa ou se desassocia em relação a quem quer que seja. Estamos cuidando de marcar uma posição política sobre o que nós somos. E nós somos os que nunca mudaram de posição. A posição política, ideológica, nossas crenças são as mesmas. Talvez passemos a exercitá-las com muito mais firmeza e mais clareza nesse momento do Brasil.

Doria e Bolsonaro - Divulgação/Assessoria João Doria - Divulgação/Assessoria João Doria
Dirigente do PSDB diz que Doria não se associou à imagem do presidente
Imagem: Divulgação/Assessoria João Doria

Doria também disse que Bolsonaro deveria retomar diálogo, mas o próprio Doria voltou a falar duramente contra o presidente Lula. Para o PSDB, não há entendimento possível com o PT?

Se o PT transitar com as mesmas posições que acreditamos na economia ou em questões sociais... A questão é que passei 12 anos no Congresso Nacional e é raro o momento que pensamos que possa haver isso. Nas pautas macroeconômicas temos pensamentos completamente diferentes. Eu não diria do ponto de vista da política, mas do ponto de vista das ideias, eu não diria nunca, mas é raro quando o PSDB e PT têm tido coincidências com relação a agendas do ponto de vista macroeconômico.

O sr. reagiu recentemente a declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que atribuiu os problemas do país "aos 30 anos de social-democracia", incluindo PT e PSDB neste período. O presidente Bolsonaro já deu outras declarações contrárias ao governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Com esse tipo de situação, não fica claro que o atual governo não tem interesse no apoio do PSDB?

Não estamos preocupados se o governo tem interesse ou não. A declaração do ministro Paulo Guedes, no mínimo, pode passar por algum recalque de diferença que teve com economistas do PSDB nas escolas econômicas, e os economistas do PSDB à época tendo concretizado seus nomes para a história com a configuração de planos que mudaram a vida do brasileiro como o plano Real.

Misturar PSDB com PT é falsear a história. Onde estava o ministro Paulo Guedes quando o PSDB era rotulado de neoliberal e o presidente Bolsonaro desfilava de mãos dadas com o PT votando contra a reforma da Previdência e contra o plano Real?

O sr. é pernambucano, e Bolsonaro tem acumulado atritos com governadores do Nordeste. A região Nordeste vem recebendo o tratamento adequado do governo?

São duas coisas. Há uma disputa de ordem política que prejudica a população. Primeiro, é fato, os governadores do Nordeste, vivenciei isso de perto como ministro de Estado, são estados que praticamente não têm dinheiro para investimentos, fazem obras com recursos do governo federal e omitem a titularidade do governo federal nessas obras. Isso é fato e verdadeiro.

Mas que isso se transforme, por parte do governo federal, [em] um tipo de disputa que envolva declarações que prejudiquem a população como um todo é tudo que não pode ser dar numa relação federativa.

É uma relação que tem se deteriorado de forma crescente. O papel do presidente da República é ser catalisador de unidade nacional. Se há por parte dos governos estaduais a necessidade de exercer um protagonismo de polarização por questão meramente política é algo grave também.

O sr. foi ministro das Cidades no governo Michel Temer (MDB), pasta extinta no governo Bolsonaro. O sr. concorda com a extinção da pasta?

O Ministério das Cidades, com suas atribuições, sendo fundido com outro ministério, é uma decisão meramente administrativa. O importante é saber se as políticas de habitação, de saneamento e mobilidade estão sendo entregues.

A habitação vive um momento de crise. Não há o menor sentido de os recursos da faixa 2 e 3 do Minha Casa, Minha Vida enfrentando dificuldades por conta dos volumes de recursos do FGTS. Parece um momento de reorganização ou de reconstrução da política pública de habitação no país. Cabe ao governo Bolsonaro fazer as devidas entregas e não permitir que os programas parem, porque têm uma grande importância social.

Há compreensão de que possa ter um impacto, uma redução para a faixa 1, que é a aquela casa que é praticamente dada à população, dadas as dificuldades econômicas, mas não significa parar. O que não pode é um modelo onde se financia o acesso à habitação de baixa renda sofrer um colapso.

Bruno Araújo, presidente do PSDB - Iwi Onodera/UOL - Iwi Onodera/UOL
Bruno Araújo promete apoio do PSDB a medidas econômicas e oposição a medidas autoritárias do governo
Imagem: Iwi Onodera/UOL

Há um abandono das políticas de habitação?

Acho que é uma opção de um movimento econômico em relação a recursos do FGTS, que vão ter repercussão no financiamento na política habitacional para a população de baixa renda. O governo precisa definir quais serão as fontes que vão garantir de forma segura, no médio e no longo prazo, o acesso ao financiamento para a população mais pobre para poder ter a sua casa própria.

Vale falar que, apesar do governo Bolsonaro, nós temos aprovada a reforma da Previdência. A grande questão e a grande responsabilidade do governo Bolsonaro é o Brasil conhecer sua agenda macroeconômica para a geração de emprego.

Não conhecemos nesse momento nenhuma pauta legislativa, fora as que caminham há 30 anos, há 20 anos, como a reforma da Previdência que agora se consolida e a tributária que entra no radar, mas são macrorreformas. Qual é a agenda macro e microeconômica que vai ajudar a devolver empregos e gerar renda no país?

A reforma da Previdência resolve uma questão de despesa. Mas a pergunta é: qual é a agenda do governo federal apresentada ao Congresso Nacional com mudanças que geram emprego e renda no médio e no longo prazo sem nenhuma formação de bolha?

Se essa agenda for apresentada pelo governo, vai ter total apoio do PSDB. A nossa cobrança é para que ela seja apresentada porque, no primeiro semestre do governo Bolsonaro, ele perdeu o momento mais nobre do seu mandato, que era além da Previdência, poder ter aprovado matérias extremamente relevantes.

O governo cita a importância da medida provisória da liberdade econômica. Na sua opinião, ela não ajuda na geração de emprego?

Não vejo essa medida provisória como sendo catalisadora de geração de empregos. Do ponto de vista de geração de emprego, a medida mais relevante que vimos recentemente foi aprovada no governo Temer, que foi a reforma trabalhista. O país espera medidas com essa dimensão.

Bruno Araújo impeachment Dilma - Nilson Bastian / Câmara dos Deputados - Nilson Bastian / Câmara dos Deputados
Em 2016, Bruno Araújo deu o voto que afastou Dilma Rousseff da Presidência
Imagem: Nilson Bastian / Câmara dos Deputados

O PSDB protagonizou uma polarização com o PT no país durante 20 anos (94 a 2014). No ano passado, o PT foi ao segundo turno da eleição presidencial, mas contra Bolsonaro. Essa derrota foi acompanhada de outras, como a redução da bancada na Câmara e o menor número de governadores eleitos desde 1990. A que o sr. atribui estas derrotas e a perda de força do PSDB?

São diversos fatores [que causaram o resultado de 2018]. Além de problemas que atingiram internamente o partido, o PSDB, já no processo de impeachment, deixou de, institucionalmente, ser um protagonista. Houve uma participação da bancada na Câmara dos Deputados, houve protagonistas do PSDB que foram importantes no processo de impeachment. Mas o PSDB, institucionalmente, demorou muito para aparecer para a população como partido protagonista.

Houve reações negativas em 2016 à presença de Aécio Neves [então senador, hoje deputado federal] e Geraldo Alckmin [ex-governador de São Paulo] num dos últimos protestos na avenida Paulista. Além de todas as outras variáveis, em 2018, a sociedade estava exigindo muito vigor na defesa de suas teses, exigindo posições muito firmes e ditas com muita clareza.

O resultado é que saímos politraumatizados da eleição de 2018 e iniciamos um processo de recuperação. Além dos problemas que nos levavam à exposição de operações como a da Lava Jato, havia se cristalizado em parte substancial da população que o PSDB era um partido que vacilava nas suas posições e não tinha, em algumas vezes, posições claras sobre determinadas questões relevantes da vida política nacional, o que não é justo em si, mas se cristalizou em 2018.

Quando era deputado federal, o sr. deu o voto que fechou a conta para a aprovação do afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016. Foi ali que o sr. passou a ser mais conhecido nacionalmente. Naquele momento o sr. imaginava que o impeachment de Dilma fortaleceria a posição do PSDB?

Não. Eu sabia que havia uma grande interrogação porque contribuímos de forma muito ativa no afastamento da então presidente. Apesar de ser um processo extremamente traumático, a história comprova que era algo absolutamente necessário para o país e sabíamos que o partido tinha um preço a pagar. E o preço era assumir sua responsabilidade logo em seguida quando há uma sucessão, e o PSDB colabora com o governo do presidente Temer.

É bom lembrar que o governo [Temer], em determinado momento, caminhava bem, com relativo apoio da opinião pública. Viveu um momento de grande entusiasmo com relação a uma virada econômica até a operação da JBS, que sepultou a principal reforma em andamento, que era a da Previdência. A partir dali o cenário virou.

Bruno Araújo, PSDB - Iwi Onodera/UOL - Iwi Onodera/UOL
Renovação do PSDB é baseada na aposta em jovens e mulheres, afirma Bruno Araújo
Imagem: Iwi Onodera/UOL

Fala-se muito que o PSDB está dividido entre os mais velhos, os cabeças brancas, e os mais jovens, os cabeças pretas. Que espaço há no partido para figuras mais experientes como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador José Serra e o ex-governador Geraldo Alckmin?

O presidente Fernando Henrique é uma grande referência. Agora precisa tratar com clareza: o presidente Fernando Henrique sublimou a questão do PSDB. O presidente Fernando Henrique fala com a liberdade de um sociólogo, com a liberdade de um intelectual. Obviamente, ele tem suas convicções de ordem política que em muito é a base do PSDB, mas a sua liberdade de pensamento transcende o PSDB. É uma liberdade de pensamento de um sociólogo, presidente da República duas vezes, e alguns momentos ela não coincide com posições do partido. E isso precisa ser compreendido. Quem tem essa formação, capacidade intelectual e idade tem liberdade para transcender posições político-partidárias. E o grau de experiência dos agentes nossos mais experientes continua contribuindo com o partido.

Agora o PSDB vive uma fase de renovação, apostando em jovens e mulheres. O PSDB está preparando e lançando nos próximos dias um processo de seleção do jovens filiados ou que comunguem com as ideias da social-democracia para serem preparados, receberem formação politica e com o compromisso de fundo partidário do PSDB para aqueles que quiserem assumir o protagonismo de disputar a eleição. Estamos fazendo o primeiro processo de seleção pública de um partido para dizer que vamos participar da formação política e viabilizar recurso de campanha para participar do projeto eleitoral em 2020.

O prefeito Bruno Covas tem a preferência de ser o candidato à reeleição na cidade de São Paulo?

O prefeito Bruno Covas sucede o prefeito eleito [Doria], que se transformou em governador. Bruno Covas nunca disputou uma eleição majoritária. É natural que seja visto ainda como alguém que sucede um companheiro de chapa que assumiu o governo de estado. Bruno é a maior aposta política nossa nas eleições de 2020, é a prioridade absoluta do PSDB, e eu tenho a certeza que até lá Bruno vai ter todas as condições, inclusive durante a campanha, tempo suficiente de mostrar a sua qualidade, a sua vocação, a dedicação que vem tendo como prefeito. E temos a confiança que tem tudo para construir uma reeleição.

Bruno Covas é candidato da unanimidade do PSDB, é candidato não só do governador João Doria, não é candidato só das forças do PSDB do município, mas é candidato de toda a executiva nacional do PSDB.