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Alberto Goldman, ex-governador de SP, está internado após cirurgia cerebral

Goldman assumiu governo de São Paulo em 2010 após José Serra deixar o cargo - Jorge Araújo/Folhapress
Goldman assumiu governo de São Paulo em 2010 após José Serra deixar o cargo Imagem: Jorge Araújo/Folhapress

Emanuel Colombari e Fábio de Mello Castanho

Do UOL, em São Paulo

30/08/2019 14h10Atualizada em 30/08/2019 15h49

Alberto Goldman (PSDB), 81, ex-governador do estado de São Paulo, foi internado no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, e passou por cirurgia após fortes dores de cabeça. A informação foi divulgada pelo G1 e confirmada pelo UOL.

Segundo informações de pessoas próximas, Goldman sentiu as dores de cabeça no dia 19 de agosto, durante sessão de reposição de plaquetas para o tratamento de um câncer. O ex-governador tem passado pelo tratamento desde janeiro.

Uma tomografia realizada apontou uma artéria rompida no cérebro de Goldman, que passou por cirurgia no mesmo dia. Desde então, está internado. De acordo com pessoas próximas ao tucano, o quadro neurológico é estável, sem previsão de alta.

Procurado pelo UOL, o Hospital Sírio Libanês não confirmou a internação de Goldman e diz que não passa informações sem autorização da família.

Queda de braço com Doria

Ex-presidente do PSDB, Goldman é desafeto declarado do governador de São Paulo, o também tucano João Doria. Os dois vêm protagonizando embates desde 2017, quando Doria ainda estava à frente da Prefeitura de São Paulo.

Em um dos episódios, Doria publicou um vídeo dizendo que Goldman era um "fracassado" por "viver de pijamas" em casa. A fala foi uma resposta a uma declaração de Goldman, que havia criticado o então prefeito por se dedicar a viajar pelo país -o que, para ele, seria um sinal de "falta de comprometimento com a cidade". À época, Doria tentava impulsionar uma possível candidatura para a presidência da República nas eleições de 2018.

Doria, no entanto, se lançou candidato a governador. Goldman, por sua vez, declarou apoio a Paulo Skaf (MDB). O ex-governador chegou a ser expulso do PSDB paulistano por infidelidade partidária. A expulsão foi comandada pelo vereador João Jorge, aliado de Doria. A decisão, no entanto, não foi concretizada por ordem do PSDB nacional.

Já em 2019, em entrevista ao UOL, Goldman criticou uma atitude de Doria em homenagear policiais militares que mataram 11 suspeitos de um assalto a banco. "Essa é a política do Doria. É matar para dizer que ele é duro, que é forte, que é macho", disse o ex-governador, afirmando ainda que a característica é "clara de um fascista".

Goldman foi governador de São Paulo entre abril e dezembro de 2010, assumindo após José Serra deixar o cargo para concorrer à presidência da República. Entre novembro e dezembro de 2017, foi presidente interino do PSDB.

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