Kataguiri sobre Carlos Bolsonaro: "quem mais puxa governo para o desastre"
O deputado federal e líder do Movimento Brasil Livre Kim Kataguiri (DEM-SP) voltou a criticar a família Bolsonaro. Em entrevista hoje para o "CB. Poder", programa do jornal Correio em parceria com a TV Brasília, ele elogiou os ministros do atual governo, mas não poupou críticas aos familiares do atual presidente.
"O grande ponto positivo do Governo Bolsonaro é ter ministros técnicos com liberdade para nomear seus subordinados com exceções. A exceção mais gritante é do Ministério do Turismo, que tem um ministro [Marcelo Álvaro Antônio] que precisa dar explicações", declarou.
Ele citou Jair Bolsonaro e seu núcleo político como os principais sabotadores do próprio governo. "Ele se envolve em polêmicas desnecessárias, não se junta na Câmara para defender os próprios interesses. Esse tipo de desastre, mais a verborragia do presidente, prejudicam a agenda do país, que no início do ano, tinha uma perspectiva de crescer 3%. Por causa das caneladas, como o próprio presidente diz, hoje a expectativa é em torno de 0,83%".
O líder do MBL também criticou a recente declaração do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) de que "a transformação que o Brasil quer" não irá ocorrer na velocidade almejada por "vias democráticas".
"Ele (Carlos Bolsonaro) é um trem desgovernado sem freio, prestes a bater na República e causar grandes estragos com seus arroubos autoritários e com seu sectarismo. A pessoa que mais puxa o governo Bolsonaro para o desastre, para o sectarismo e para o radicalismo é Carlos Bolsonaro. É a pessoa que mais radicaliza o discurso, que mais tenta impor o seu próprio pai como uma figura hegemônica na direita", disse o deputado.
Kim ainda criticou a indicação de Eduardo Bolsonaro para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos. "Como é que a gente vai ter um embaixador em Washington, no topo da carreira diplomática, uma pessoa que fala inglês tão bem como Joel Santana? É uma piada, é um escárnio com a República. O topo da carreira diplomática, o Itamaraty, nunca passou tanta vergonha como com essa candidatura de Eduardo Bolsonaro", declarou.
"O básico e simples (para o cargo) é saber falar inglês fluentemente. O segundo ponto é ter experiência de representação, de chefia de Estado. Ele representa governo, ele opina, ele fala de arma, ele apoia Trump, isso não é postura de chefe de estado de representação diplomática. O diplomata representa os interesses do seu país, ele não pode apoiar candidato X ou candidato Y", completou.
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