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Bolsonaro diz no Twitter ter levado "palavra firme do Brasil" em discurso

O presidente da República Jair Bolsonaro fala durante abertura da 74ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York nos Estados Unidos nesta terça-feira, 24. -  William Volcov/Brazil Photo Press/Folhapress
O presidente da República Jair Bolsonaro fala durante abertura da 74ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York nos Estados Unidos nesta terça-feira, 24. Imagem: William Volcov/Brazil Photo Press/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

24/09/2019 12h40

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) usou seu perfil no Twitter para se manifestar sobre o discurso que fez na abertura da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), que acontece hoje (24) em Nova York, nos Estados Unidos.

Em sua mensagem, ele afirma ter "levado a palavra firme do Brasil" e declarou estar construindo um "país mais próspero".

"Na ONU, levei a palavra firme do Brasil, dando voz aos verdadeiros anseios e valores de nosso amado povo. Estamos construindo um país mais próspero, onde a liberdade, a inviolabilidade da nossa soberania e a vontade dos brasileiros são os três alicerces que nos darão sustentação", escreveu Bolsonaro.

O presidente disse que a Amazônia permanece "praticamente intocada", negou que o bioma esteja sendo devastado e atacou nações que alega ameaçarem a soberania do Brasil. Bolsonaro também fez críticas diretas aos regimes de Cuba e Venezuela e indiretas ao presidente da França, Emmanuel Macron.

Sem citação nominal, Bolsonaro rebateu as falas de Macron em relação às queimadas na Amazônia. No discurso, afirmou ser um equívoco dizer que a floresta é o pulmão do mundo, frase dita pelo francês no mês passado.

Segundo ele, o governo brasileiro está comprometido com a preservação do meio ambiente e a Amazônia está "praticamente intocada".

"Nossa Amazônia é maior que toda a Europa Ocidental e permanece praticamente intocada. Prova de que somos um dos países que mais protegem o meio ambiente (...) Ela não está sendo devastada e nem consumida pelo fogo, como diz mentirosamente a mídia. Cada um de vocês pode comprovar o que estou falando agora", discursou.

Bolsonaro reservou uma parte de sua fala para dizer que o país sofre com "ataques sensacionalistas" por parte da mídia em relação à questão do meio ambiente e destacou que qualquer iniciativa de ajuda ou apoio deve ser tratada com respeito à soberania brasileira. A fala também foi uma resposta a Macron, que no mês passado falou sobre a opção de internacionalizar a gestão das florestas.

O presidente criticou ainda o líder indígena Raoni, dizendo que pessoas como ele são usadas como "peças de manobra" por governos estrangeiros para avançar seus interesses na Amazônia.

Ataques a Cuba e Venezuela

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UOL Notícias

No discurso, Bolsonaro disse que o Brasil trabalha para reconquistar a confiança do mundo e diminuir problemas como desemprego e violência. Ele diz que o país estava "à beira do socialismo" e está sendo reconstruído em seu governo "a partir dos anseios e dos ideais de seu povo".

"Meu país esteve muito próximo do socialismo, o que nos colocou numa situação de corrupção generalizada, grave recessão econômica, altas taxas de criminalidade e de ataques ininterruptos aos valores familiares e religiosos que formam nossas tradições", falou.

O presidente citou a saída de Cuba do programa Mais Médicos, ao qual se referiu como um "verdadeiro trabalho escravo respaldado por entidades de direitos humanos do Brasil e da ONU".

Ele lembrou que boa parte dos médicos deixou o Brasil antes mesmo que ele assumisse o governo e que os que permaneceram no país vão se submeter à qualificação para exercer a profissão.

"Deste modo, nosso país deixou de contribuir com a ditadura cubana, não mais enviando para Havana 300 milhões de dólares todos os anos", falou.

O presidente também falou sobre a situação na Venezuela, dizendo que o país experimenta hoje "a crueldade do socialismo" e que o Brasil sente os impactos disso por causa do alto número de migrantes.

"A Venezuela, outrora um país pujante e democrático, hoje experimenta a crueldade do socialismo. O socialismo está dando certo na Venezuela. Todos estão pobres e sem liberdade", afirmou.