Secretaria-Geral da mesa decidirá hoje sobre líder do PSL, diz Maia
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a Secretaria-Geral da mesa diretora casa fará, ainda hoje, a checagem das assinaturas das três listas de PSL para definir o novo líder do partido. As declarações foram dadas após ele deixar uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
"A Secretaria-Geral da Mesa checará as listas apresentadas pelo PSL. Quem decide se as assinaturas são válidas é a mesa, e não o presidente da Casa. A decisão da mesa [sobre liderança do PSL] deve sair nas próximas horas", disse Maia
Em meio à disputa de poder pelo controle do partido na Câmara, os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Delegado Waldir (PSL-GO) estão no páreo pela liderança da sigla. Maia declarou que uma briga partidária não atrapalhará o andamento da pauta econômica no Congresso.
"Primeiro, porque eu acho que isso não será um problema por muito tempo. E brigas internas de partido A ou B não devem atrapalhar ambiente de modernização e eficiência do Estado no parlamento", disse.
A movimentação teve interferência direta do presidente da República, segundo revelou a colunista da Folha, Mônica Bergamo. O presidente Bolsonaro se reuniu com deputados ao longo dos últimos dias para discutir alterações no comando da sigla e propor o filho num mandato tampão até dezembro.
A documentação foi entregue pelo líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO). Ontem, os dois grupos faziam reuniões constantes para definir estratégias internas e ampliar os aliados de cada lado.
O deputado Eduardo Bolsonaro, que recentemente assumiu o diretório de São Paulo, disse que inicialmente não queria ser líder.
"[Sou] o nome que tem a maior convergência entre os deputados. A minha intenção é apenas manter o status quo. Muitos deputados foram retirados de comissões e estava parecendo que estavam fazendo política com o fígado", disse Eduardo.
Quem é o líder?
Minutos após a lista protocolada por Vitor Hugo, aliados de Bivar foram à Secretaria-Geral protocolar outro documento. Essa segunda lista tinha 32 assinaturas defendendo Waldir como líder do PSL, e não Eduardo Bolsonaro.
Considerando-se as duas relações e os 53 deputados na bancada, há um excesso de seis parlamentares e duas conclusões possíveis: havia gente "jogando nos dois times" e apoiando Eduardo e Waldir ao mesmo tempo; ou havia assinatura falsificada.
Mas o imbróglio continuou. A deputada Bia Kicis (PSL-SP) declarou que uma terceira lista com 27 nomes pró-Eduardo foi encaminhada novamente à Secretaria-Geral.
Crise crescente
A crise do PSL se agravou na última semana. Sem saber que estava sendo transmitido ao vivo, no último dia 8 Bolsonaro disse para um apoiador "esquecer o PSL" e afirmou que Luciano Bivar, presidente do partido, estava "queimado pra caramba".
Nos dias seguintes, nomes do partido saíram em defesa de Bolsonaro ou de Bivar, mostrando que havia um racha.
Como pano de fundo, ambições políticas, disputa pelo controle do dinheiro do fundo partidário e a influência dos filhos do presidente.
Na terça-feira, a situação se tornou mais crítica com operação da Polícia Federal para investigar o esquema de candidaturas laranjas do PSL. Bivar foi alvo.
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