Após derrota de clã Bolsonaro, PSL trocará comandos de Rio e SP até terça
Em mais uma derrota política de Jair Bolsonaro (PSL), a cúpula do PSL definirá, até terça-feira (22), a troca dos comandos dos diretórios estaduais de São Paulo e Rio de Janeiro. As duas bases são comandadas pelos filhos do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
"Foi feita uma proposta ao presidente Bivar e à Executiva para que os parlamentares de São Paulo se reúnam este final de semana e na segunda-feira e na terça-feira apresentarão uma proposta de mudança na Executiva estadual", afirmou o senador Major Olimpio (PSL-SP).
A decisão foi tomada durante reunião da Executiva do partido, em Brasília. Há duas semanas o partido está rachado e se divide em dois grupos: um grupo apoiado por Bolsonaro e outro pelo presidente do PSL, Luciano Bivar (PSL-PE).
"Eles [deputados federais] querem apresentar, e legitimamente vão apresentar, uma proposta de uma nova executiva nesses dois estados que poderá ser acolhido ou não pela Executiva Nacional. Não temos formalmente o afastamento ou a queda da Executiva estadual em São Paulo e no Rio de Janeiro", disse Olimpio.
A articulação em São Paulo será feita pelos deputados federais por São Paulo, Coronel Tadeu, Joice Hasselman, Abou Anni e Júnior Bozzella. Segundo Olimpio, serão ouvidos vereadores, deputados estaduais e outras lideranças do PSL nos dois estados para se chegar a novos nomes.
"O partido vai se posicionar nisso. Tem coisas que podem ser já definidas para a semana. Foi uma solicitação dos parlamentares de São Paulo e do Rio de Janeiro, a substituição da Executiva nesses estados", declarou.
A maior parte dos participantes da reunião da Executiva eram ligados ao presidente da sigla Luciano Bivar (PSL-PE), como Olimpio, Tadeu, Joice, Felipe Franciscini (PSL-PR), Bozzella. Já entre os deputados capitaneados por Jair Bolsonaro, estiveram Carla Zambelli, Aline Sleutjes (PSL-PR) e Sanderson (PSL-RS).
O encontro promoveu também mudanças no estatuto do partido e ampliou de 101 para 153 o número de membros com direito a voto na Executiva. Dos novos membros, 34 são parlamentares, a maior parte ligada a Bivar.
O foco de Bivar é ter maioria para convenção de novembro, quando será eleita uma nova diretoria.
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